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A broca-da-cana também adora as chuvas | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

A broca-da-cana também adora as chuvas

Essa praga se beneficia das condições de umidade, temperatura e intensidade luminosa registradas no período mais úmido do ano

O setor comemora a chegada antecipada das na região Centro-Sul do país e a resposta positiva dos canaviais, mas é preciso ficar atento ao risco iminente de altas infestações de pragas, como a broca-da-cana (Diatraea saccharalis) que se beneficia das condições de umidade, temperatura e intensidade luminosa registradas no período mais úmido do ano.

Estimativas apontam que a broca-da-cana causa perdas de R$ 7 bilhões por safra, já que a cada 1% de infestação, perde-se 35kg de açúcar e 30 litros de etanol por hectare. Por sua ampla distribuição pelo país, pela severidade de seu ataque - que ocasiona perda de produtividade, pode causar morte da gema apical, enraizamento aéreo, germinação das gemas laterais, tombamento -, por gerar impactos negativos no rendimento industrial e na qualidade do produto final, a broca ainda é considerada a principal praga dos canaviais.

A broca alcançou o status de principal praga da cultura, em decorrência, das profundas alterações no sistema produtivo ocorridas ao longo das duas últimas décadas. A principal delas foi a mudança na colheita, que migrou do sistema manual de cana queimada para o mecanizado de cana crua.

A pesquisadora do Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Leila Luci Dinardo-Miranda, observa que o controle químico segue como carro-chefe do manejo da broca. “Mas não podemos esquecer que o inseticida sozinho não faz milagre. O correto é adotar um manejo integrado de pragas (MIP), aliando métodos químicos, biológicos e culturais, como a utilização de variedades mais resistentes em locais mais propícios à broca”, aconselha.

A pesquisadora do IAC ressalta a importância da utilização de diferentes grupos químicos durante as aplicações de inseticidas, ato que reduz a velocidade do estabelecimento da resistência nas populações de broca. “Quando usamos constantemente o mesmo inseticida, selecionamos os indivíduos resistentes àquele produto, cuja frequência na população será impulsionada. Em consequência, o defensivo se torna menos eficiente.”

Fonte: CanaOnline

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