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Oferta de energia da biomassa da cana cai em 2021, mas cresce geração de energia elétrica para a rede a partir do biogás

Menor oferta de cana é a responsável pela redução, por outro lado, a geração de energia elétrica para a rede, a partir do biogás na agroindústria, cresceu 187% entre as safras 21/22 e 20/21

Zilmar Souza, gerente de Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) informou que, entre abril de 2021 e março de 2022, a biomassa sucroenergética foi responsável por 19,63 TWh ofertados ao Sistema Interligado Nacional (SIN), o que representa uma redução de 13,7% em relação à safra 20/21. Tal fato se deve a menor oferta de cana-de-açúcar na safra 21/22 em função de condições climáticas adversas.

A despeito da retração observada, Zilmar explicou que a geração acumulada no período seria equivalente a atender 13% de todo o consumo residencial do Brasil em 2021 ou a 30% da geração no ano passado pela Usina Itaipu. A biomassa da cana representou 78% de toda a geração para a rede pela biomassa na safra passada.

O Estado de São Paulo, destacou Zilmar, permaneceu líder na produção de bioeletricidade sucroenergética para a rede, com 54% do total da geração na safra 21/22, seguido por Minas Gerais (15%), Goiás (13%), Mato Grosso do Sul (11%), fechando com Paraná representando 4%. Em março de 2022, havia 253 unidades geradoras no setor sucroenergético frente a 246 unidades em março de 2021, um crescimento de 2,8% no número de unidades geradoras.

“Cabe mencionar o crescimento da geração de energia elétrica para a rede a partir do biogás, em especial aquele relacionado à agroindústria onde predomina a produção de biogás pelo setor sucroenergético. A geração de energia elétrica para a rede, a partir do biogás na agroindústria, cresceu 187% entre as safras 21/22 e 20/21”, observou.

Zilmar informou que a UNICA consolida dados disponibilizados pela CCEE no site "Observatório da Cana", juntamente com os demais dados principais da safra.

Cana Online.