Os preços dos Créditos de Descarbonização (CBios) romperam a estabilidade registrada desde o início do ano, período em que se mantiveram abaixo de R$ 30 por tonelada de carbono, e dispararam em setembro na B3. Na sexta-feira (último dado disponível), o CBio foi negociado, em média por R$ 43,53, acumulando alta de 44,6% neste mês e de 53,7% no ano.
Em dólar, o CBio chegou a US$ 8, ante US$ 5 até então. Em relatório assinado pelos analistas Larissa Pérez e Leonardo Alencar, a corretora XP observou que o ativo acompanhou a tendência das referências globais dos preços de carbono - como o IHS Markit Global Carbon Index, que já subiu 46% em 2021. Para os analistas, apesar da alta, os preços dos CBios ainda estão “desarbitrados”, o que indica que “há uma boa perspectiva à frente”.
A alta dos CBios ainda não é capaz de mudar a estratégia das usinas de formar estoques desses ativos para vendas futuras, já que “os preços de açúcar e etanol, assim como os da energia elétrica, seguem elevados” e “o efeito prático da venda de CBios ainda é pouco relevante”.
Fonte: Valor Econômico
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