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ETANOL GANHA DESTAQUE INTERNACIONAL PARA REDUÇÃO DE EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA, DESTACA ESPECIALISTA DO INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

ETANOL GANHA DESTAQUE INTERNACIONAL PARA REDUÇÃO DE EMISSÃO DE GASES DE EFEITO ESTUFA, DESTACA ESPECIALISTA DO INSTITUTO MAUÁ DE TECNOLOGIA

Segundo Renato Romio, chefe da Divisão de Motores e Veículos da instituição, alternativa do biocombustível é mais barata e viável no curto prazo na comparação ao carro elétrico

Na corrida mundial para a descarbonização do planeta, muitos países projetam utilizar carros elétricos em maior quantidade e a curto prazo, principalmente na Europa. No entanto, o Brasil pode reduzir suas emissões de forma muito rápida e barata, com o aumento da produção e do uso de etanol. Renato Romio, chefe da Divisão de Motores e Veículos do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), lembra que importantes montadoras do mercado nacional e internacional perceberam o potencial do etanol brasileiro para o controle dos gases poluentes.

“O interesse pelo nosso combustível atraiu a atenção, por exemplo, da Volkswagen, que aspira transformar o Brasil em um centro de desenvolvimento de carros com motor de combustão interna. A montadora acredita que o carro elétrico, no Brasil, não teria a mesma adesão e consumo como na Europa. Porque, além de caro, produzimos etanol, considerado um biocombustível que pode atender muito bem ao objetivo de diminuir a emissão de poluentes e CO2”, comenta Romio.

Segundo cálculos da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), considerando o ciclo completo, que inclui plantio e colheita da cana, processamento, transporte e distribuição, além do uso nos carros, um veículo alimentado exclusivamente com a gasolina brasileira (com 27% de álcool anidro) emite 131 g de CO2 por quilômetro, ante apenas 37 g de CO2/km, se abastecido integralmente com o etanol de cana, valor menor que o de um modelo a bateria na Europa, que, alimentado pela matriz energética atual da região, emite 54 g de CO2/km.

A questão prioritária, portanto, é aumentar a eficiência do cultivo de cana e a produção do etanol para reduzir seu preço, além de tornar os veículos mais econômicos e, assim, convencer o consumidor a usar o biocombustível em seu carro flex, pois o álcool só tem vantagem financeira sobre a gasolina em poucos Estados no Brasil. Investir no etanol é questão de ajustar políticas públicas. O etanol tem um ciclo bastante interessante e renovável, ou seja, como ele vem da cana-de-açúcar, o CO2 é absorvido pela própria plantação de cana, que o utiliza para novas produções de álcool, logo, traz benefícios para o meio ambiente.

“Além disso, há a vantagem de dispensar investimentos públicos e privados em veículos elétricos e sistemas de recarga. Vale lembrar que a Mauá, em parceria com a USP e o ITA e com o apoio da Fapesp, é sede de um centro de pesquisas em engenharia que possui o objetivo de melhorar a eficiência na utilização de biocombustíveis. Isso nos coloca em uma posição estratégica em relação às pesquisas para redução da emissão de gases de efeito estufa na mobilidade”, reforça o especialista.


Fonte: DATAGRO

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