"A longevidade da indústria brasileira de açúcar e etanol vai depender da nossa capacidade de inovar e buscar novos mercados ligados ao agro. No curto prazo, a emissão de créditos de carbono representa uma boa oportunidade". Este foi um dos pontos abordados por Jacyr Costa Filho, presidente do Conselho Superior do Agronegócio da FIESP-COSAG, em sua palestra no evento "Açúcar & Etanol Nordeste - Warm-Up", realizado virtualmente, nesta terça-feira (05/05), pela Datagro, uma das mais respeitadas consultorias no agronegócio nacional.
O executivo avaliou o andamento da produção de açúcar e etanol em países como Índia, Tailândia e Paquistão, concorrentes diretos da indústria brasileira. No caso do açúcar, o mercado indiano é alvo de um contencioso liderado pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio -- OMC, contra os subsídios dados aos produtores daquele país.
"A Índia deve continuar produzindo acima de 30 milhões de toneladas de açúcar, o que provavelmente vai gerar um excedente. O ponto positivo é que a ação promovida pelo Brasil, Guatemala e Austrália na OMC deverá ter um julgamento final no terceiro trimestre deste ano. Acredito que será favorável a nós", afirma, otimista, Jacyr Costa. Ele alerta, porém, que um desfecho favorável ao Brasil poderá provocar um recurso da Índia.
Sobre a Tailândia, o presidente do Cosag diz que o país asiático vive uma condição parecida com a que o Brasil experimentou, há mais de uma década, quando se iniciava o processo de mecanização da lavoura de cana-de-açúcar no Centro-Sul. "Na Tailândia, o tamanho das propriedades dificulta a implementação da mecanização, mas é preciso ter em vista que, no médio prazo, esta mudança resultará em ganhos de produtividade, assim como ocorreu no Brasil", explica Jacyr.
O palestrante, com ampla experiência no setor sucroenergético, complementa: "Na Tereos, quando foi iniciada a mecanização, a produtividade em toneladas de cana colhida diariamente por colhedeira era metade do que é hoje alcançada".
O etanol, amplamente utilizado no Brasil e com grandes resultados socioambientais, também foi ressaltado por Jacyr Costa como outra contribuição do setor sucroenergético para a economia brasileira na era do novo carbono.
"O uso de etanol na Índia e Tailândia, além do Paquistão, pode ter efeitos muitos positivos, no médio prazo, para o setor produtivo brasileiro. Neste sentido, observo que outro mercado bastante promissor em desenvolvimento é o dos créditos de carbono. No Brasil temos os CBIOs que estão em expansão graças ao programa RenovaBio ", avalia Jacyr Costa.
Fonte: MediaLink Comunicação Corporativa - retirado do Portal SIAMIG
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