O mundo pós-pandemia será muito favorável ao etanol pela tendência cada vez maior de valorização de fontes energéticas limpas e renováveis, afirmou o presidente do CBIE, Adriano Pires, nesta terça-feira (27), segundo dia da 20a. Conferência Internacional DATAGRO sobre Açúcar e Etanol. Realizado no formato online, o evento acontece até a próxima sexta-feira (30), combinando palestras e feira virtual.
“A transição energética será mais rápida do que imaginávamos”, disse Pires, acrescentando “que diante deste novo cenário o Brasil tem tudo para, de fato, se tornar uma potência verde”.
Contudo, os desafios são enormes, especialmente relacionados à expansão internacional do etanol para o desenvolvimento de um mercado global do biocombustível. De acordo com Pires, primeiro é preciso, efetivamente, consolidar o etanol de maneira substancial na matriz energética brasileira para, em seguida, avançar na missão de transformá-lo em uma commodity mundial.
“Um dos entraves é que, na prática, só temos dois países que produzem etanol em larga escala, Brasil e Estados Unidos. Um caminho é incentivar países, que têm ampla produção de cana-de-açúcar, como, por exemplo, Índia e Tailândia, a também investirem na produção de etanol.”
Também participante do painel, o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), José Mauro Coelho, sublinhou que o preço do etanol ainda é muito atrelado ao valor do petróleo e derivados, e que uma diferenciação pela externalidade ambiental positiva do biocombustível seria muito bem-vinda. Outro gargalo para uma maior previsibilidade de produção, acentuou Coelho, é a miríade de diferentes alíquotas estaduais de ICMS praticadas sobre o etanol. Ademais, na avaliação do secretário, o RenovaBio vai estimular o desenvolvimento do mercado de biocombustíveis, facilitando o planejamento de longo prazo.
Fonte: UniversoAgro - retirado do Canal – Jornal da Bioenergia
16 3626-0029 / 98185-4639 / contato@assovale.com.br
Criação de sites GS3