O Brasil atingiu em julho a maior produção de biodiesel da série mensal da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Este é o último dado divulgado pela autarquia e considera estatística iniciada em 2005. O volume foi de 3,82 milhões de barris equivalente de óleo (boe).
Essa produção significou um crescimento de 12,9% em relação ao mês imediatamente anterior e de 21,5% em comparação com julho do ano passado. O maior Estado produtor foi o Rio Grande do Sul, com 1,06 milhão de boe no mês, seguido do Mato Grosso, com 739,1 mil boe. Na última quinta-feira, 20, a ANP retomou o leilão de biodiesel, revertendo decisão da Justiça Federal do Rio de Janeiro, que atendeu a um pedido da Associação dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio).
Os produtores alegam que, com o aumento da exportação de soja, utilizada como matéria prima na produção do combustível, o custo da fabricação subiu e o preço de referência do leilão não é suficiente para remunerar adequadamente a produção. No leilão, será considerado o porcentual de 10% de mistura de biodiesel ao óleo diesel, de acordo com determinação da ANP, para o período de 1o de setembro a 31 de outubro.
“A medida foi necessária para dar continuidade ao abastecimento nacional, uma vez que a oferta de biodiesel para o período citado poderia não ser suficiente para atender à mistura de 12% ao diesel, que vem sendo bastante consumido, apesar da atual situação de pandemia”, afirma a agência em comunicado oficial. Em julho, o consumo de diesel cresceu 7,7% ante o mês imediatamente anterior e se manteve estável em relação a igual mês de 2019.
Fonte: Estadão Conteúdo
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