A Amyris, empresa americana de biotecnologia, testará sua tecnologia de produção de esqualeno a partir da cana-de-açúcar como um componente central na produção de uma vacina contra a covid-19 em parceria com Instituto de Pesquisa em Doenças Infecciosas (IDRI, na sigla em inglês). A parceira foi anunciada nesta segunda-feira.
O esqualeno é um composto orgânico presente naturalmente no fígado do tubarão, mas que a Amyris produz a partir da cana-de-açúcar através de um processo próprio patenteado de fermentação. O produto é usado hoje na indústria cosmética, mas no caso da vacina será testado como usado como adjuvante imunológico. Os adjuvantes servem para fortalecer a resposta imune das vacinas e permitem que elas sejam produzidas O IDRI é especializado no desenvolvimento de plataformas de vacinas e está desenvolvendo uma com a tecnologia de RNA.
“A combinação da principal tecnologia de plataforma de vacina de RNA do IDRI com o adjuvante sustentável da Amyris tem o potencial de liderar a eficácia para uma solução de vacina contra a covid-19 e ter um papel potencialmente importante em outras soluções de vacinas para ajudar a mitigar o potencial de futuras pandemias”, disse Corey Casper, CEO do IDRI, em comunicado.
Sem os adjuvantes, acrescentou Casper, “as vacinas não são maximamente efetivas, e uma falta da oferta de adjuvantes feitos a partir de tubarão pode se mostrar devastadora no futuro”.
“A experiência da IDRI em vacinas, combinada com nossa plataforma líder de biologia sintética apresenta uma oportunidade real para entregar a vacina mais escalável e de maior eficiência contra a covid-19”, promete John Melo, CEO da Amyris, em comunicado divulgado pela companhia.
O executivo disse acreditar que a biologia sintética “pode ter um papel significativo para atender as necessidades de crises globais de saúde”.
A empresa de biotecnologia já desenvolveu a artemisinina a partir de um processo próprio de fermentação que é usada no principal tratamento contra a malária, em uma pesquisa apoiada pela Fundação Bill e Melinda Gates.
Agora, a Amyris está investindo em uma solução de “segunda geração” de biologia sintética para fornecer a plataforma de vacinas para futuras pandemias.
No comunicado, Melo sinalizou que o fornecimento do adjuvante para a vacina contra a covid-19 pode ocorrer até o fim deste ano caso os testes do produto sejam positivos.
Fonte: Valor Econômico
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