A exportação de açúcar nos portos brasileiros está a todo vapor, acompanhando o ritmo de produção nas usinas. Até a última quarta-feira (27), a fila de embarcações que esperavam para carregar nos vários terminais ao longo da costa somava 72 navios, quase cinco vezes mais que os 15 que estavam na fila em igual período de 2019. Os dados, obtidos pelo Broadcast Agro, são da agência Williams Brazil e consideram a movimentação das empresas Rumo, Teag, Tiplam e Copersucar.
Do início do ano até 27 de maio, os volumes dos embarques do adoçante brasileiro para o mercado externo também quase quintuplicaram na comparação anual. No período, segundo a Williams, foram embarcados 3,58 milhões de toneladas de açúcar, contra 667,758 mil toneladas nos primeiros cinco meses de 2019. O movimento reflete o incremento na produção açucareira, em decorrência dos baixos preços do etanol e da menor demanda pelo biocombustível, prejudicado pelo isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus. Além disso, a valorização acentuada do dólar ante o real torna o açúcar brasileiro mais competitivo no mercado internacional.
O gerente comercial da Williams Brazil, José Evaldo Williams, prevê que a movimentação nos terminais de açúcar se mantenha aquecida até o fim do ano. Os embarques do produto estão concentrados no Porto de Santos, em São Paulo, Porto de Paranaguá, no Paraná, e, em menor volume, no de Suape, em Pernambuco. Neste último, não há fila de espera de embarcações. Ainda assim, a Diretoria de Gestão Portuária informou embarque atípico em abril - o volume exportado no mês correspondeu a cerca de 76% do total exportado desde o início do ano. A carga se destinou ao porto de Buffalo, nos Estados Unidos.
Williams descarta a possibilidade de a maior movimentação de açúcar comprometer as exportações de grãos. Algumas empresas, entretanto, estão realizando ajustes logísticos para aproveitar o momento positivo à comercialização externa do adoçante. É o caso da Cofco, que informou na semana passada que exportará açúcar em vez de milho em seu Terminal 12A no Porto de Santos (SP) de 1º de julho a 31 de dezembro. Segundo a empresa, o terminal tem capacidade para exportar 400 mil toneladas de açúcar por mês e a decisão vai permitir uma otimização nas exportações, "principalmente após um aumento da produção de açúcar nas quatro usinas da Cofco International no Estado de São Paulo", disse em nota.
Ontem, o Ministério da Economia do Brasil informou que o País exportou em maio 2,707 milhões de toneladas de açúcares e melaços, volume 79,27% superior ao embarcado no mesmo mês de 2019. Além disso, a receita obtida com as exportações em maio foi de US$ 768,924 milhões, 61,77% a mais do que os US$ 475 milhões obtidos no mês de abril e 72,52% maior que a receita registrada em maio do ano passado, de US$ 445,701 milhões.
Fonte: Broadcast Agro
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