Prática diminui presença de pragas e do fungo Colletotrichum falcatum nos canaviais, além de impedir a disseminação do fogo e minimizar danos causados por geada
Infestação do fungo Colletotrichum falcatum, ataque de cigarrinha-das-raízes, Sphenophorus levis e outras pragas, incidência da mosca-dos-estábulos, danos provocados pela geada e incêndio são alguns problemas que podem ser evitados – ou minimizados – com a incorporação da palha nas entrelinhas da cana-de-açúcar.
No caso do Colletotrichum falcatum – que causa a doença podridão vermelha das folhas e colmos –, a incorporação desempenha um papel relevante para reduzir perdas nos canaviais. “Esse fungo usa a palha como fonte de inóculo e no momento oportuno ataca a cana, quando ela está grande, causando a podridão vermelha. A incidência do Colletotrichum falcatum tem aumentado bastante”, alerta o engenheiro agrônomo Auro Pardinho, gerente de marketing da DMB Máquinas e Implementos Agrícolas.
Se a palha não permanecer na linha da cana, a infestação provocada pelo fungo tem queda significativa. A incorporação não diminui apenas o ataque do Colletotrichum falcatum. “É importante também para o controle da cigarrinha-das-raízes, do Sphenophorus, da broca gigante e de outras pragas que se alojam sob a palha”, enfatiza Auro Pardinho.
Os benefícios da incorporação da palha podem ser ainda mais abrangentes. Reduz a presença da mosca-dos-estábulos nos canaviais, pois evita o acúmulo de vinhaça sob a palha depositada na superfície do solo, que favorece o desenvolvimento desse inseto. A incorporação impede ainda a disseminação do fogo, em caso de incêndio proposital ou acidental. Em áreas suscetíveis a geadas, essa prática diminui os danos provocados por baixas temperaturas.
Outra consequência positiva da incorporação é a otimização da aplicação de herbicida na soqueira, porque o produto é lançado diretamente no solo. A incorporação transforma a palha em matéria orgânica devido à ação de microorganismos, melhorando a fertilidade do solo e a retenção de umidade.
O manejo da palha depende, no entanto, da opção de cada usina ou produtor, que leva em consideração as características da área, as condições edafoclimáticas, a incidência do Colletotrichum falcatum, da cigarrinha e de outras pragas, entre outros fatores, ao avaliar o impacto proporcionado pela biomassa da cana nos canaviais.
Segundo Auro Pardinho, algumas unidades produtoras consideram que a melhor alternativa de manejo é a retirada da palha da linha da cana, para a incorporação de toda a biomassa na entrelinha. Outras usinas e produtores optam pela não remoção da palha da linha da cana, incorporando somente a que estiver depositada na entrelinha – observa.
Em qualquer situação, o Incorporador de Palha da DMB – lançado em novembro – apresenta um desempenho bastante satisfatório. Além de incorporar a palha em duas entrelinhas simultaneamente, o novo implemento reduz custos operacionais, pois tem recursos tecnológicos para a realização de múltiplas funções.
O equipamento possui uma adubadora, que distribui adubo e óxidos, possibilitando que as aplicações desses dois produtos na soqueira sejam realizadas na mesma operação de incorporação da palha, de acordo com a necessidade e opção de usinas e produtores de cana. Há ainda a versão do Incorporador com adubadora de esteiras e a versão sem adubadora, comenta Auro Pardinho.
Fonte: CanaOnline
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