“Queremos crescimento econômico, mas queremos um crescimento sustentável de baixo carbono”, afirmou o embaixador do Reino Unido no Brasil, Vijay Rangarajan, em reunião com representantes da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), sexta-feira (16), em Brasília. O Reino Unido assumirá a presidência das negociações do clima este ano, com a organização, em novembro, da Conferência das Partes (COP26), em Glasgow, na Escócia.
Durante o encontro, o presidente da UNICA, Evandro Gussi, destacou a importância do evento para o setor sucroenergético e explicou ao embaixador que o setor quer se posicionar, cada vez mais, na redução de emissões e captura de carbono.
“Nossa indústria será uma provedora de serviços ambientais e serviços de descarbonização. A Política Nacional de Biocombustíveis estimula a eficiência energética. Produzir mais energia com menos pegada de carbono. Esse é o racional do RenovaBio. Com o programa, atualmente, entregamos redução de emissões. Nossa pretensão de médio prazo, no entanto, é captura de carbono”, informou o executivo.
De acordo com o embaixador, são inovações e mudanças como o RenovaBio que o Reino Unido gostaria de apoiar e incentivar durante a COP26. “Esse marco regulatório é fundamental. Gostaríamos de destacar as fontes renováveis com possibilidades de investimentos de alta escala”, disse.
PARCERIA
Na oportunidade, o presidente da UNICA propôs uma parceria para estruturação de uma agenda propositiva para a COP e sugeriu o estabelecimento de um calendário anterior ao evento para que, em novembro, período estipulado para a reunião do clima, o tema biocombustíveis esteja mais maduro.
“Sabemos que qualquer agenda de curto prazo vai depender da situação em que nos encontramos agora com o Coronavirus, mas esperamos que isso já esteja controlado para que, no segundo semestre, possamos pensar numa agenda positiva. Nossa ideia é participar de fóruns, apresentar os resultados de mais de 40 anos da experiência brasileira na produção e utilização de etanol combustível em larga escala e os benefícios sociais, ambientais e econômicos dessa política”, reforçou o presidente da UNICA.
BIOCOMBUSTÍVEIS
O embaixador Vijay Rangarajan também destacou durante o encontro que os biocombustíveis são uma solução para as próximas décadas no Reino Unido. Segundo ele, a temática já é parte de uma estratégia de transporte. “Estamos dando os primeiros passos na questão de biocombustíveis”, pontuou.
O Reino Unido anunciou a entrada em vigor do E10 no país, ainda este ano.
RENOVABIO
A Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) tem como objetivo reduzir a intensidade de carbono da matriz de transportes brasileira, por meio do aumento da participação dos biocombustíveis. A política também cria o mercado de crédito de carbono, com o objetivo de compensar a emissão de gases causadores do efeito estufa gerada pelo uso dos combustíveis fósseis, estabelecendo que cada Crédito de Descarbonização (CBio) equivale a uma tonelada de dióxido de carbono que deixa de ser emitida na atmosfera.
O RenovaBio é baseado em mecanismos de mercado que incentivam a competição entre os produtores de biocombustíveis e induzem a eficiência, reconhecendo as cadeias de produção mais sustentáveis. Também estabelece o desmatamento zero e a adequação ao Código Florestal como pré-requisitos para participação no programa.
Fonte: UNICA
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