Em coletiva de imprensa a jornalistas, a União das Indústrias de Cana-de-açúcar (Única) fez uma análise prévia do que pode ser a safra 2020-21 sob a ótica da área disponível para colheita, manejo e clima.
Natália Calori, da área de marketing do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), afirmou que o plantio maior da cana com maturação em 18 meses na temporada 2019/20 poderá reduzir, ligeiramente, em 0,5%, a área de colheita em 2020/21. Na safra 2019/20, 44% do plantio (520 mil hectares) foi de variedades de 12 meses, enquanto 56% (670 mil hectares) foi de variedades de 18 meses, que são mais produtivas, mas de ciclo mais longo.
O crescimento do plantio em meiosi e o melhor aproveitamento de áreas de viveiro, porém, podem minimizar esse efeito, resultando em um plantio levemente superior já em 2020/21. Segundo Natália, a taxa de renovação esperada dos canaviais é de 13,3%, o que pode levar a área plantada a 1,2 milhão de hectares, embora a busca ainda seja por um plantio de 1,5 milhão de hectares, destacou Antonio de Padua Rodrigues, diretor-técnico da entidade.
Segundo ele, a idade média dos canaviais no Brasil se mantém estável em 3,7 anos, e a meta é chegar a 3,2 anos. Pádua disse que anualmente mais de R$ 10 bilhões são investidos no processo de renovação. “O setor está ativo e forte nesse avanço”, afirmou.
No que tange ao manejo, o uso de mudas de variedades modernas deve continuar a ser intensificado, com ganhos diretos de pelo menos 10% em produtividade. Conforme o CTC, 80% da intenção de plantio é com variedades mais novas, de alta performance.
Em relação ao clima, observa-se que as chuvas de primavera estão abaixo da média histórica, o que pode prejudicar a produtividade no início da safra. De qualquer forma, ela ressaltou que o panorama climático do verão é que trará um cenário mais definitivo.
Fonte: Valor
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