Equipamento permite que análise dos componentes do solo seja feita na própria plantação, dando agilidade ao trabalho do produtor e aumentando a produtividade.
Pesquisadores da Embrapa, em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos (SP), desenvolveram um robô capaz de mapear o solo das plantações em tempo real e no próprio local. A tecnologia facilita e agiliza o trabalho do produtor na hora de fazer o preparo do solo e aumenta a produtividade das plantações.
O robô emite um laser que quebra as moléculas do solo e as partículas formam uma espécia de nuvem de luz, com uma temperatura a 100 mil graus. É essa luz que é analisada pelo equipamento.
"Nós podemos analisar macro e micronutrientes, contaminantes, a textura de solo, carbono, e o PH, a acidez do solo", explicou a pesquisadora da Embrapa Débora Milori.
Rapidez
O robô da Embrapa promete facilitar a vida do produtor. Atualmente, para analisar o solo pelo método tradicional é preciso levar uma amostra do solo para o laboratório. O resultado demora aproximadamente 15 dias para ficar pronto. Já usando o robô, a análise é feita na hora, sem sair do campo.
Os dados coletados pelo robô são expostos na tela do computador por meio e gráficos mostram a concentração de nutrientes e outras substâncias presentes no solo.
Com a análise em tempo real, o produtor consegue aplicar os nutrientes necessários para fazer a composição ideal do solo com rapidez, o que ajuda a aumentar a produtividade.
"Se a gente consegue fazer um mapeamento do solo, a gente consegue aplicar o fertilizante de forma mais racional, aplicar onde a planta precisa, isso também evita que apliquemos o fertilizante demais, em um determinado local, e evita que isso infiltre e acabe contaminando o lençol freático", explicou Débora.
Tecnologia
O equipamento usa a mesma tecnologia do robô enviado pela Nasa para a missão espacial de exploração à Marte. É feito de alumínio e tem mais de um metro de altura e uma suspensão que permite que ande sobre as plantações. A orientação é feita por meio de um GPS.
Segundo o pesquisador da USP Marcelo Becker, o robô foi projetado para se movimentar em qualquer direção. "Mesmo que tenha uma vala, um obstáculo, ele vai poder passar por cima dele", disse.
Fonte: Portal G1
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