O agronegócio é um caso de sucesso há algumas décadas no Brasil. Não é de hoje que o setor se destaca em termos de produtividade, crescimento e retorno para a economia como um todo. Vale dizer que, durante os anos recentes de recessão, o agronegócio foi o único segmento a se expandir de forma quase contínua.
De fato, se consideramos o período do primeiro trimestre de 2014 até o terceiro trimestre deste ano, só o agronegócio e as exportações cresceram. Estas por peso do próprio agro.
O contraste é mais evidente quando se vê que a agropecuária cresceu 14,6% nesse período, enquanto a indústria caiu 11,2%, e os investimentos, 23,2%. Há sempre a visão equivocada de que estamos dependentes de um setor "primário" em detrimento de um mais "inovador", como a indústria.
O que se sabe é que o agronegócio é dos setores que mais avançaram em inovação no país nos últimos anos. Basta pensar em toda a inovação que tem sido criada na área de biotecnologia, especialmente na celulose e no etanol.
Esse setor ganhador foi novamente responsável por ajudar na recuperação do PIB em 2018 e 2019, anos que entrarão para a história do agro nacional, com repercussões profundas ainda para os próximos anos.
Em 2018, a guerra comercial entre EUA e China não só jogou no colo brasileiro a oportunidade de expansão das exportações de soja para os asiáticos como abriu a possibilidade de ganhos crescentes de reputação ao se tornar um parceiro muito mais confiável para os chineses do que os americanos.
Ao mesmo tempo, a peste suína africana tem sido disruptiva para o mercado de proteína animal pelo que representa de espaço de crescimento do nosso mercado de carnes dentro da China. Os chineses acabarão por ter que diversificar sua demanda por proteína animal. Parte da oferta de carnes virá do Brasil.
Com um segmento altamente produtivo e as portas do principal mercado mundial cada vez mais abertas para o Brasil, não será difícil dizer que, novamente, o agronegócio será destaque do crescimento do PIB em 2020. Mas, dessa vez, poderá ser um destaque ainda mais intenso do que nos últimos dois anos.
Fonte: Folha de S. Paulo
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