“Se uma usina gasta de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões no plantio convencional de cana, com o plantio de Emerald vai gastar R$ 2 milhões”, diz executivo da Syngenta
A semente artificial de cana, Emerald, desenvolvida pela Syngenta, já forma canaviais. Leandro Amaral, diretor Unidade de Negócios Cana – Syngenta Seeds – salienta que a semente não é direcionada para o plantio de viveiros de cana-muda, a tecnologia é posicionada para plantio comercial. Ou seja, a semente é plantada e 13, 14 meses depois é colhida e segue para a indústria. “Em um plantio convencional, além do longo tempo de processo que vai do plantio de viveiro, até a industrialização (cerca de três anos), ainda tem a questão de logística, de transportar a cana das áreas de viveiro para as áreas de formação de canaviais comerciais, que pode muitas vezes chegar a 50 quilômetros de distância. Essa operação envolve uma enorme estrutura de caminhões, tratores, máquinas, pessoas...Com o Emerald é tudo mais simples”, diz Amaral.
Segundo ele, para ter uma ideia de simplificação, tanto do ponto de vista de CAPEX (capital investido) e OPEX (capital operacional), com o Emerald tem redução de 10 vezes. “Se uma usina gasta de R$ 15 milhões a R$ 20 milhões no plantio convencional, com o plantio de Emerald vai gastar R$ 2 milhões. Se em um plantio mecanizado de 60 hectares/dia, rodando 3 turnos, tem de 100 a 120 pessoas envolvidas, com o Emerald passará a ter 10 vezes menos. Então é uma simplificação enorme.”
Amaral ainda destaca benefícios adicionais com a adoção da semente artificial: “a cana que seria enterrada no plantio convencional, poderá ser destinada para a produção e virar açúcar, álcool e energia; vai ter rentabilidade adicional na cana que enterra, que são quase 20 toneladas hoje; terá janela melhor; se puder plantar de janeiro a abril vai ganhar até 30% de produtividade por ser cana de 18 meses; pode introduzir material genético mais rápido, como a cana transgênica; aumentar a produtividade e a longevidade dos canaviais devido a sanidade do material.”
A tecnologia Emerald vai ao encontro do Programa Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) que gerará ganhos para as usinas que comprovarem a redução das emissões de carbono no processo produtivo. “Ao simplificar o OPEX e CAPEX, haverá grande redução de diesel, um dos principais elementos negativos no balanço de carbono das usinas. Também haverá ganhos na parte de defensivos, por exemplo, ao invés de aplicar químicos por spray, como fazemos hoje, podemos colocar a tecnologia embarcada na semente. No plantio do Emerald, o adubo não é mais jogado em bica, por toda a extensão da linha, mas depositado junto com a semente. Detalhes que farão diferença nos cálculos de descarbonização elaborados no RenovaBio”, observa Amaral.
A semente artificial de cana Emerald é um material que cresce na biofábrica em ambiente controlado e depois esse tecido vegetativo é trabalhado industrialmente, encapsulado, recebe tratamentos químicos, hormônios e cera.
Fonte: CanaOnline
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