Um estudo liderado pela Universidade de Queensland revelou que a demanda futura por biocombustível etanol pode potencialmente expandir as terras agrícolas da cana no Brasil em cinco milhões de hectares até 2030.
O pesquisador da Escola de Ciências da Terra e do Meio Ambiente da UQ, Milton Aurélio Uba de Andrade Junior, disse que, como o Brasil produzia etanol a partir da cana-de-açúcar, a demanda futura de biocombustíveis impactaria diretamente o uso da terra.
“Nosso estudo modelou cenários de previsão da demanda futura de etanol com base em diferentes trajetórias de produto interno bruto, crescimento populacional, preços de combustíveis, políticas de mistura, composição da frota e ganhos de eficiência”, afirmou.
“Um cenário de alta demanda alimentado por um forte crescimento econômico e populacional, altos preços da gasolina e metas ambiciosas de mistura, pode significar que a atual demanda por etanol no Brasil dobrará até 2030.
“Se esse cenário ocorrer, o Brasil precisará de mais cinco milhões de hectares de terra para as culturas de cana-de-açúcar para atender a essa alta demanda”.
De Andrade Junior disse que a maioria das fazendas adicionais de cana-de-açúcar provavelmente se expandirá para pastagens, minimizando o impacto nas florestas nativas.
“Uma suposição fundamental de nosso modelo é que as políticas de uso da terra no Brasil, como o zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar, continuarão promovendo o aumento da produção agrícola e minimizando os impactos ambientais”, afirmou.
“No entanto, no atual contexto de alta incerteza na agenda ambiental, essas políticas de uso da terra precisam ser monitoradas e apoiadas de perto para garantir que os ecossistemas naturais e a biodiversidade do país permaneçam protegidos”.
Fonte: O Petróleo
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