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NEMATOIDES DA CANA-DE-AÇÚCAR: PREJUÍZOS PODEM SER BILIONÁRIOS | Assovale - Associação Rural Vale do Rio Pardo

NEMATOIDES DA CANA-DE-AÇÚCAR: PREJUÍZOS PODEM SER BILIONÁRIOS

Você já encontrou na sua lavoura de cana-de-açúcar sintomas de clorose em reboleiras? Esse problema provoca plantas menores, menos produtivas e que ficam murchas nas horas mais quentes do dia.

Se esses sintomas já foram vistos por você na lavoura, muito provavelmente a sua lavoura está infestada com nematoides no solo. Hoje vamos falar um pouco sobre eles e quais as medidas de controle para esses organismos não causem prejuízos bilionários à cultura da cana-de-açúcar.

Espécies e danos causados

Os nematoides mais comuns na cultura da cana são Meloidogyne javanica, M. incognita e Pratylenchus zeae, sendo este último o mais encontrado nas lavouras.

Todos os sintomas citados acima ocorrem porque as raízes estão sendo atacadas. Os nematoides do gênero Meloidogyne são conhecidos como nematoides das galhas. Esses parasitas liberam uma toxina nas raízes da planta, fazendo com que haja o crescimento de células gigantes. Essas células impedem a passagem de água e nutrientes.

Para o gênero Pratylenchus, as raízes da cana-de-açúcar ficam com pontos necróticos e engrossam, com isso também há o impedimento da absorção de água e nutrientes do solo.

O ciclo de vida dos nematoides varia por espécie mas, no geral, é curto. Diversas gerações podem atacar as plantas. Para o nematoide das galhas, o ciclo é de 37 dias; para o Pratylenchus, o ciclo é de 40 dias.

O nível dos danos causado pelos nematoides pode variar em relação à população do parasita, tipo de solo e da variedade cultivada. Um solo arenoso facilita a proliferação dos nematoides, assim como a alta umidade.

Manejo e controle

Técnicas de manejo ajudam muito no controle dos nematoides. A limpeza das máquinas e implementos é essencial, mesmo dentro da propriedade. Às vezes um talhão infestado pode contaminar toda a propriedade.

A adoção do plantio de adubos verdes em áreas de reforma, principalmente a crotalária, que ajuda no incremento de matéria orgânica no solo. Outro método que pode auxiliar é a utilização da torta de filtro no sulco de plantio. Tudo isso contribui para um melhor desenvolvimento da cultura.

Para o manejo com controle biológico, existem alguns bionematicidas comerciais, feitos à base de fungo. Inimigos naturais também são usados, como os fungos Pochonia chlamydosporia e Paecilomyces lilanus, além da bactéria Bacillus subtillis.

O controle químico com nematicidas é feito no plantio e nas soqueiras. No plantio, são aplicados nos sulcos, sobre os toletes. Já nas soqueiras, o produto deve ser aplicado ao lado da linha de cana ou sobre ela.

A análise de nematoides no solo é essencial. A partir da análise pode-se saber qual método de controle adotar.

Por Chico

Francisco Henrique ou, simplesmente, Chico é engenheiro agrônomo especializado em fitotecnia e melhoramento vegetal. É um dos colaboradores do programa Boas Práticas Agronômicas (Boas), pesquisador da CiaCamp – da Ciência ao Campo – e atua no controle e combate de doenças bacterianas em diversas culturas. Fez mestrado e doutorado pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e especialização em Solos e Nutrição de Plantas pela Esalq/USP. É entusiasta das boas práticas e acredita que elas são essenciais para um cultivo mais sustentável, lucrativo e mais eficiente para o produtor.

Fonte: Canal Rural

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