Dependendo das variedades, clima e manejo do solo e da água, a cana-de-açúcar permite de três até seis colheitas consecutivas. No fim desse ciclo produtivo, precisamos escolher como realizar a reforma do canavial.
Temos algumas alternativas para isso: plantar outra cultura em rotação, a exemplo de adubos verdes ou de alguma leguminosa para ajudar nas condições físico-químicas do solo, ou plantar cana sobre cana. Essa decisão deve ser tomada com base em um planejamento agrícola bem feito, levando em consideração os custos de produção de cada safra e os que temos atualmente.
Na hora de renovar o canavial, precisamos levar em consideração cinco fatores que vão nos auxiliar nas tomadas de decisão:
Escolha correta da variedade (desde 2017 temos a opção das cana Bt);
Análise da situação atual do solo;
Manejo correto da adubação de plantio;
Escolha correta do ambiente de produção;
Controle de plantas daninhas.
Hoje, existem diversas variedades de cana-de-açúcar disponíveis no mercado. É preciso saber relacionar a variedade escolhida com o clima da região e o ambiente de produção da sua propriedade.
A análise do solo também é importante para a reforma do canavial. As informações sobre a fertilidade do solo são fundamentais para saber se é preciso corrigir a acidez. Além disso, orientam também a gessagem, feita para a melhoria da camada subsuperficial do solo e o sistema radicular das plantas. Isso garantirá uma reforma de qualidade e o potencial produtivo da variedade.
Adubações durante o ciclo de cultivo também são importante, pois, com as safras sucessivas, a quantidade de nutrientes no solo diminui. Já falamos sobre a importância adubação da cana-de-açúcar e o manejo nutricional em outro post.
Outro fator importante a se considerar durante a reforma do canavial é o controle de plantas daninhas. Plantar cana em uma área infestada de plantas daninhas só irá trazer maiores gastos e aumento da mão de obra no manejo. Manejar de forma correta e eficiente, utilizando herbicidas no momento correto, deve se tornar prática recorrente durante todas as safras.
Isso tudo porque um canavial envelhecido traz menor produtividade e consequentemente diminui a rentabilidade, podendo até causar prejuízos, considerando o alto custo de produção.
Por Chico
Francisco Henrique ou, simplesmente, Chico é engenheiro agrônomo especializado em fitotecnia e melhoramento vegetal. É um dos colaboradores do programa Boas Práticas Agronômicas (Boas), pesquisador da CiaCamp – da Ciência ao Campo – e atua no controle e combate de doenças bacterianas em diversas culturas. Fez mestrado e doutorado pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e especialização em Solos e Nutrição de Plantas pela Esalq/USP. É entusiasta das boas práticas e acredita que elas são essenciais para um cultivo mais sustentável, lucrativo e mais eficiente para o produtor.
Fonte: Canal Rural
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