A Petrobras anunciou na última sexta-feira redução de 6% no preço médio do diesel nas refinarias, para 2,1664 reais por litro, e corte de 7,16% no da gasolina, a 1,8144 real por litro.
Os reajustes, que estão valendo desde sábado, foram anunciados após os preços do petróleo Brent registrarem perda de 11% em maio e de o barril nos EUA ter caído 16% no mês, na maior queda mensal de ambos contratos futuros desde novembro.
Com a redução, o preço médio do diesel na refinaria da Petrobras é o menor desde os 2,1432 reais por litro registrados em meados de abril.
O valor da gasolina da Petrobras, que havia sido reduzido em 4,4% na semana retrasada, é o mais baixo desde os 1,7966 real por litro vistos em 15 de março.
Com o movimento, a Petrobras realizou a primeira redução no valor do diesel desde março.
Apesar da redução acentuada anunciada nesta sexta-feira, no ano ambos os combustíveis acumulam alta de cerca de 20 por cento, de acordo com dados da Petrobras compilados pela Reuters.
Em mensagem no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro compartilhou o anúncio dos cortes nos preços.
O presidente esteve envolvido em abril em uma polêmica sobre o preço do diesel, com a Petrobras voltando atrás em uma alta no valor do combustível após um telefonema de Bolsonaro ao presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
Na época, o governo estava sob pressão de uma nova greve de caminhoneiros. Os motoristas se queixavam dos preços do diesel e de questões relacionadas à tabela do frete mínimo.
NAS BOMBAS
Uma semana após a Petrobras anunciar uma redução de 4,4% para a gasolina nas suas refinarias, o preço médio do combustível nas bombas do país caiu apenas 0,02%, para 4,549 reais por litro, de acordo com pesquisa semanal realizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O repasse de preços da Petrobras das refinarias para as bombas não é imediato. Além disso, há margens de distribuidoras e revendedores no processo, além de questões tributárias.
No caso do diesel, a ANP apontou nesta sexta-feira um recuo de 0,03%, para 3,654 reais por litro.
No etanol hidratado, concorrente da gasolina, houve uma queda de 0,98%, para 2,917 reais por litro, em momento em que a safra de cana já concluiu o seu segundo mês, com produtores no centro-sul detectando uma queda na produção no período e forte demanda pelo biocombustível até a primeira quinzena de maio.
Nas usinas de São Paulo, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o etanol hidratado fechou esta semana em queda de 1,61%, para 1,6228 real por litro em média.
Fonte: Reuters
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