Dez dias atrás, a FCA do Brasil trouxe seu CEO global, Mike Manley, para sequência de anúncios importantes envolvendo as três principais fábricas no país: investimentos para novos modelos em Goiana (PE) e Betim (MG); e fabricação de nova linha de motores em Betim e Campo Largo (PR). Mas não só.
Essa visita trouxe ainda informações paralelas: muito foi dito, e escrito, sobre a Fiat estar desenvolvendo uma versão local, apenas a etanol, da família de motores Firefly Turbo (1.0 e 1.3). Estaríamos tratando do retorno do "Proálcool"? Seria sensato apostar em motores movidos apenas a álcool, quando o condutor por vezes decide colocar gasolina no tanque pelo ganho financeiro imediato? E quando o mercado preza e valoriza conjuntos flex, sobretudo na revenda?
Só etanol? Nada disso
De fato, durante conversa com grupo seleto de jornalistas, Mike Manley afirmou: "Queremos seguir reduzindo nossas emissões, mas de modo mais planejado, não de uma forma súbita, despreparada".
Sabemos que o Brasil está bem na fotografia quando se avaliam emissões no ciclo "tanque à roda" por conta do desenvolvimento local da tecnologia flex, permitindo o uso do etanol como alternativa limpa aos derivados de petróleo.
Por outro lado, o mercado precisa de novas alternativas, mas não está pronto para adoção tão rápida de modelos eletrificados, quanto algumas pessoas e empresas imaginam. Mais: projetos eletrificados são caros tanto para desenvolvedores, quanto para consumidores. E, dependendo do uso no mercado, podem nem ser tão eficientes. Aí entra o "pulo do gato".
Ambiciosa, a proposta da FCA traria essa alternativa a dispendiosos motores elétricos, mas sem abandonar o ciclo de motores a combustão e sua principal vantagem: maior escala com menor custo. Ao mesmo tempo, a FCA evita seu "calcanhar de aquiles", uma vez que o desenvolvimento interno de eletrificação sempre esteve atrasado frente ao de outras marcas.
Ainda é cedo para se apontar exatamente o caminho -- segredos industriais pesados são o principal obstáculo neste momento. Mas o caminho passa pela união de pequenos motores só a etanol -- mas com alta tecnologia, construção leve, injeção direta de combustível e turbo, seguindo os preceitos da linha Firefly -- aliados ao uso de hidrogênio em baixíssimas quantidades, ampliando a eficiência e autonomia do conjunto.
Apesar de estar em desenvolvimento há algum tempo, este novo projeto segue em estágio embrionário, mas promete grande evolução frente ao que se tem no grupo atualmente. Não há grande pressa, embora o cronograma precise ser seguido, já que seu uso é previsto em modelos que devem surgir a partir de 2022 ou 23.
Em quais modelos? Sobretudo nos de maior valor agregado, como a nova família de SUVs prometida tanto para Fiat, quanto Jeep.
Fonte: UOL Notícias
16 3626-0029 / 98185-4639 / contato@assovale.com.br
Criação de sites GS3