Os números da safra mineira de cana-de-açúcar deste ano deverão ser maiores do que o esperado: 66,6 milhões de toneladas contra os 65 milhões da safra passada (+2,5%), incremento notado pela ampliação da área produtiva em 3,2%. Isso é resultado dos projetos de renovação e de expansão nas áreas de cultivo no Estado, principalmente em áreas próprias das unidades de produção.
Já a produtividade reduziu em 0,7%. Porém as melhorias no manejo das lavouras mantiveram a produtividade próxima ao resultado alcançado na safra 2017/18.
Nessa safra, devido ao grande estoque de açúcar no mundo, as usinas destinaram menor parte da produção de cana-de-açúcar para a fabricação do adoçante. Assim, para o período 2018/19 espera-se diminuição percentual do Açúcar Total Recuperável (ATR) destinado à produção de açúcar, saindo de 48,7% na safra 2017/18 para 38,3% nessa safra. Com essa diminuição prevista, a produção de açúcar deverá atingir 3,4 milhões de toneladas, redução de 21% comparado ao alcançado no período anterior.
A expectativa da produção mineira para o etanol total é de 3,3 bilhões de litros, aumento de 20,9% em relação à safra passada. Esse incremento se deu pela maior destinação de ATR para produção do combustível (+23,3%), sendo 1,0 bilhão para anidro (+6%) e para o hidratado 29% maior, atingindo 2,3 bilhões de litros.
Em Minas Gerais, a região produtora passou por períodos de chuvas durante a safra que culminou em menor absorção de ATR no Estado, sendo 2,1% menor que a safra anterior, totalizando média de 137,4 quilos de ATR por tonelada de cana.
BALANÇO DE 2018
Brasil
635,5 milhões de toneladas (Produção total segundo a Conab/Unica)
Minas Gerais
3º colocado em produção de cana-de-açúcar e de etanol (atrás de SP e GO), 2º em açúcar (SP).
MAIS ETANOL
A demanda pelo biocombustível está elevada. Em Minas Gerais, segundo os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no acumulado do ano até outubro, o uso do etanol hidratado acumulava alta de 77%. No período, o consumo chegou a 1,9 bilhão de litros, ante os 1,4 bilhão registrados em 2017. Já gasolina retraiu 22,1% no acumulado, totalizando consumo de 3,0 bilhões de litros, ante 3,9 bilhões referente a janeiro e outubro de 2017. A demanda poderia ter sido maior, se não fosse a greve dos caminhoneiros ocorrida em maio, período de plena safra.
Fonte: Diário do Comércio (14/12)
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