Nas próximas décadas, sobram credenciais para que o Brasil continue sendo um modelo de referência para muitos países que enfrentam um desafio crescente: fornecer alimentos e energia por meio de uma cadeia produtiva de baixo carbono. Para a União da Indústria de cana-de-Açúcar (UNICA), leis e políticas públicas de incentivo como o Código Florestal, o Zoneamento Agroecológico da Cana-de-Açúcar e o Programa RenovaBio são parte deste alicerce em busca de um desenvolvimento mais sustentável para o País.
Durante a 24ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em evento realizado pela Coalizão Brasil Clima, Floresta e Agricultura, na quarta-feira (12/12), em Katowice, na Polônia, Elizabeth Farina, presidente da UNICA, apresentou a visão e o cenário traçado em estudo da Coalizão, considerando os avanços em curso na agropecuária brasileira entre 2030 e 2050, com a contribuição do setor sucroenergético.
“Vamos imaginar que estamos em 2030. Até lá, a maioria das conquistas relacionadas à sustentabilidade, tanto no uso da terra como no mercado de combustíveis, depende da combinação de políticas públicas e estímulos econômicos. Entre eles, estão a implementação de instrumentos previstos no Código Florestal, como as Cotas de Reserva Ambiental (CRAs), valorizando propriedades rurais com excedente de vegetação nativa, além do Programa RenovaBio, que viabilizará um mercado de créditos de carbono com o objetivo de reduzir as emissões de GEE nos transportes, substituindo fontes fósseis por biocombustíveis”, avalia a executiva.
De acordo com Elizabeth, com essas e outras medidas, o Brasil poderá cumprir as metas assumidas para 2030 no Acordo de Paris, reduzindo em até 43% as emissões de carbono (em comparação com os níveis de 2005), descarbonizando o mercado de combustíveis, zerando o desmatamento ilegal e promovendo boas práticas agrícolas, que incluem a integração de sistemas agroflorestais e agropecuários.
2030 e além
Se a agenda ambiental brasileira avançar como o esperado até 2030, tais conquistas abrirão caminho para que o País solidifique ainda mais a sua posição como um provedor de alimentos e energia de forma sustentável. Neste sentido, a Coalizão Brasil Clima, Floresta e Agricultura aproveitou a realização do evento para divulgar a publicação de 44 páginas com uma visão 2030-2050 sobre o futuro das florestas e da agricultura no Brasil. (saiba mais)
Além da presidente da UNICA, participaram do encontro: André Guimarães, Facilitador da Coalizão, que deu mais detalhes sobre a visão 2030-2050 para o tema do desmatamento; Paulo Barreto, pesquisador sênior do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON), que apresentou a visão sobre florestas nativas; e Ana Carolina Szklo, diretora de desenvolvimento institucional do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). A executiva abordou a importância da viabilização de políticas públicas e instrumentos econômicos, sempre alinhados e integrados, para a construção de um futuro mais sustentável no agro.
Fonte: UNICA
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