A matriz de combustíveis está mais limpa, e a boa notícia vem do setor de transportes. Em outubro, dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) indicam um recorde histórico de consumo de etanol hidratado no Brasil: 2,03 bilhões de litros. Considerando o período de safra, abril a outubro, o volume do hidratado, que reduz as emissões de CO2 em até 90% quando comparado à gasolina, supera os 11,3 bilhões de litros, registrando 41,3% de crescimento em relação ao mesmo período de 2017.
No Norte-Nordeste, o consumo do biocombustível mais do que duplicou (+140%) em relação a outubro do ano passado. Somou 213 milhões de litros, recorde para a região (88,73 milhões em out/2017). O Centro-Sul, principal produtor e consumidor de etanol também apresentou números notáveis. Somente em outubro foram 1,82 bilhão de litros, um aumento de 41,3% em comparação ao mesmo mês de 2017.
Vale ressaltar que a participação do etanol (hidratado e anidro) na matriz de combustíveis utilizados pela frota de veículos de passeio e de carga leve (Ciclo Otto – em gasolina equivalente) atingiu 50,2%, a maior da história. Pela primeira vez na série de outubro o etanol corresponde ao combustível mais utilizado no País.
Esse aumento expressivo reflete a maior competitividade do hidratado frente à gasolina em todos os estados, inclusive nas localidades onde a relação de preços entre os combustíveis não era favorável historicamente.
De acordo com um levantamento da ANP, a paridade média de preços (hidratado/gasolina) no Norte-Nordeste atingiu 72,5% em outubro de 2018 ante 79,6% no mesmo mês do ano anterior. Isso representa uma redução média de 7,1 p.p. na paridade em todos os estados, com destaque para a Paraíba, Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Piauí, Bahia e Amazonas, que apresentam uma relação de preços inferior a 73%, com menor valor (69,3%) na Paraíba. Todos esses números representam a maior competitividade do etanol hidratado na região desde 2010.
No Centro-Sul, a paridade média foi de 62,2% versus 66,3% em 2017. Isto representa um cenário ainda mais vantajoso para o biocombustível. Até mesmo no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, regiões historicamente com paridade desfavorável ao etanol, apresentaram uma forte mudança de tendência nesse ano, culminando em outubro com 68,5% e 69,0%, respectivamente.
“Em todo o Brasil, esse valores, que estão muito aquém do rendimento técnico médio de 73%, influenciam diretamente na escolha do consumidor em optar por um combustível limpo e renovável”, afirma Antonio de Padua Rodrigues, diretor Técnico da UNICA. A expectativa é de que em novembro e dezembro as vendas continuem aquecidas neste patamar de 2 bilhões de litros.
Fonte: UNICA
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