Mesmo com a expansão da mobilidade elétrica, os biocombustíveis representarão quase 90% do total de energias renováveis demandadas pelo segmento de transporte veicular em 2023. O etanol representará ao menos dois terços do crescimento do uso de combustíveis alternativos, e deverá elevar ainda mais o seu protagonismo na matriz energética de países como Brasil, China e Índia. É o que aponta o Relatório sobre Mercado de Energias Renováveis 2018, documento lançado nesta semana (19/11) pela Agência Internacional de Energia (AIE) durante cerimônia realizada no Palácio Itamaraty, em Brasília.
Eduardo Leão de Sousa, diretor Executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), marcou presença no evento organizado pela AIE em parceria com os ministérios das Relações Exteriores, e de Minas e Energia, que também contribuíram para a concepção e revisão do novo levantamento.
“Este diagnóstico da AIE reforça o papel do Brasil como referência na produção sustentável de etanol e bioeletricidade, e deixa claro que o Programa RenovaBio coloca o País na vanguardas das ações em prol da descabornização da economia. Foi inspirador ver o resgate da relevância da biomassa como fonte de energia renovável fundamental para o atingimento das metas de redução de emissões nos países tropicais e subtropicais. Principalmente pelo fato desse reconhecimento vir de uma entidade que é considerada o coração do diálogo global em energia, a AIE. Não por acaso, uma foto de cana-de-açúcar ilustra a capa do relatório, que se inicia com os dizeres: o gigante ignorado", pondera o executivo da UNICA.
Ações
“O relatório mostra que o Brasil fez escolhas corretas, com políticas de estímulo ao uso do biocombustível que tem expressões nos planos interno externo”, afirma o embaixador José Antonio Marcondes, subsecretário-geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do MRE. Ele menciona dois projetos de grande relevância para o desenvolvimento dos combustíveis de baixo carbono no Brasil e no mundo: A Política Nacional de Biocombustíveis, mais conhecido como RenovaBio, e a Plataforma Biofuturo.
Lançado em 2016 e atualmente em fase de regulamentação, o RenovaBio, citado no relatório da AIE como fundamental para a bioeconomia brasileira, vai incentivar a redução das emissões de gases de efeito estufa por meio da maior utilização de biocombustíveis, principalmente etanol e biodiesel. O programa será estratégico para que o Brasil atinja suas metas de sustentabilidade nos transportes até 2030, conforme assinado no Acordo de Paris.
Também em 2016, outras 20 nações que se comprometeram em cortar emissões nos próximos 13 anos se juntaram para criar a Plataforma Biofuturo, liderada pelo Brasil. Para o embaixador José Antonio Marcondes, a iniciativa multilateral já contribui para estimular a adoção de políticas positivas em relação ao etanol em vários países; China e Índia, dois dos maiores emissores de CO2 do planeta, já demonstram interesse em expandir o uso do combustível E10 (10% de etanol misturado à gasolina), enquanto o Canadá pretende aprimorar o uso de fontes de baixo carbono nos transportes.
Fonte: UNICA
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