Com a chegada do período do ano marcado pela queda no índice de chuvas, o secretário de Meio Ambiente do Estado Maurício Brusadin se reuniu em Ribeirão Preto (SP) com produtores rurais e representantes do setor sucroenergético na terça-feira (22) para uma campanha de conscientização contra as queimadas.
Segundo ele, o Estado registrou número recorde em 2017, com 5,8 mil focos de incêndio em áreas verdes, a maior parte deles provocada por ação humana. Em setembro do ano passado, São Paulo registrou, em um único mês, o maior índice de queimadas desde 1998.
Na região de Ribeirão, o Ministério Público chegou a registrar uma média de 22 focos por dia no ano passado.
"Descobrimos que 90% desses incêndios são de origem antrópica, ou seja, são seres humanos que causam. Como eles causam: bituca de cigarro, pondo fogo em lixo, atos religiosos, balões, todos esses tipos de ações", disse o secretário durante encontro promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).
De acordo com ele, os produtores rurais têm papel fundamental na redução dos incidentes, por conhecerem recursos capazes de minimizar o poder de destruição do fogo em grandes plantações como de cana-de-açúcar. Um material sobre o impacto do fogo nos canaviais foi elaborado exclusivamente para quem atua nesse setor.
"Os produtores rurais este ano são os nossos principais parceiros, porque têm técnicas que nós lançamos através da secretaria para que adotem nas suas unidades, os aceiros [faixas livres de vegetação onde o solo fica descoberto], são instrumentos que combatem o incêndio", exemplifica.
O trabalho lançado pelo Estado também terá a participação de entidades como a Polícia Militar Ambiental, que iniciou a Operação "Corta-Fogo", com o intuito de conscientizar a população e autuar responsáveis por incêndios criminosos.
Segundo tenente coronel Douglas Vieira Machado, as equipes na região hoje dispõem de imagens de monitoramento via satélite, mas a colaboração dos moradores, tanto na mudança de comportamento, quanto nas denúncias pelo 193, é a mais importante ferramenta.
As mudanças climáticas, segundo ele, preocupam, mas a expectativa é de que 2018 apresente resultados bem menores do que em 2017.
"As chuvas claramente vão diminuindo, o frio vai secando as pastagens. Aquela prática milenar de colocar fogo, por qualquer forma, por mais simples que a população acredite ser, de colocar fogo no seu terreno baldio, na sua propriedade rural, é essa a participação da Polícia Ambiental tentando evitar", afirma.
Fonte: Portal G1
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