Os preços médios de gasolina, etanol e diesel subiram na primeira semana do ano, nos postos de combustíveis no Brasil, para suas máximas nominais, segundo pesquisa publicada nesta terça-feira pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
O movimento ocorre na esteira da alta das cotações do petróleo, que opera perto de máximas desde maio de 2015, e também após o governo elevar tributos dos combustíveis (PIS/Cofins) no fim de julho.
O preço da gasolina atingiu média de 4,151 reais por litro nos postos do Brasil, entre 31 de dezembro e 6 de janeiro, registrando uma nova máxima nominal (sem considerar a inflação) em uma série história da ANP iniciada em 2013.
O valor foi 1,3 por cento superior ao registrado na semana anterior, de 4,099 reais por litro.
O diesel, combustível mais consumido do Brasil, por sua vez, registrou média de 3,356 reais por litro na primeira semana do ano, alta de 0,9 por cento ante a semana anterior, que teve média de 3,326 reais por litro.
O recorde anterior atingido pelo diesel, na série histórica da ANP, havia sido de 3,337 reais por litro, na semana de 26 de novembro a 2 de dezembro de 2017.
Já o etanol hidratado, concorrente da gasolina nas bombas, teve média de 2,946 reais por litro na semana passada --também um recorde na série histórica, superando valores anteriores de janeiro de 2017--, com alta de 1,2 por cento em relação a semana anterior, quando teve média de 2,912 reais por litro.
Os preços do etanol seguem os valores da gasolina, mas também contam neste momento com sustentação adicional do início da entressafra de cana no centro-sul do Brasil, principal região produtora no maior produtor e exportador global de açúcar.
A S&P Global Platts também registrou preço histórico para o etanol hidratado, de 2.270 reais por metro cúbico na segunda-feira, segundo cotação apurada em usinas da região de Ribeirão Preto (SP).
Petrobras
Além das altas nos impostos, os valores dos combustíveis têm sofrido impactos de movimentos da Petrobras, que elevou em quase 8 por cento os preços da gasolina vendida nas refinarias às distribuidoras de combustíveis ao longo de 2017 e em mais de 9 por cento os do diesel.
Isso porque desde o fim de 2016 a petroleira estatal adotou uma política de preços que segue a lógica do mercado internacional, em busca de rentabilidade, tornando-se mais ágil para repassar aos consumidores movimentos do setor global de combustíveis.
O repasse dos reajustes da Petrobras nos preços dos combustíveis nas refinarias às bombas, entretanto, depende de movimentos e da estratégia de distribuidoras e de postos de combustíveis.
Fonte: Reuters
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