Na reta final da safra de cana-de-açúcar, o presidente da União dos Produtores de Bioenergia (UDOP), Celso Junqueira Franco, destaca que, devido à estiagem mais prolongada, haverá uma redução no volume de oferta para a indústria.
A condição climática, entretanto, foi favorável para a colheita, gerando um rendimento satisfatório. Mas o volume total de produção não deve ultrapassar a estimativa inicial da safra.
Por conta disso, há uma preocupação desses efeitos para o próximo ano, bem como outros problemas que se fizeram presentes, como a incidência de pragas e doenças e a grande tendência de queimadas. A próxima safra deverá trazer uma área de cana a ser renovada ainda ao final dessa safra, mas os canaviais estão, em grande parte, definidos. O mix, por sua vez, ainda não tem uma definição, mas diferentemente do ano passado, não houve uma janela favorável para a fixação antecipada de preços.
Para a indústria, a safra apresentou um mix um pouco maior de etanol do que de açúcar. Embora essa diferença não seja grande, ela é decorrente da depreciação dos preços do açúcar, o que deixou o etanol um pouco mais atrativo.
Ele destaca também a preocupação em torno do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se posicionar contra o impacto dos combustíveis fósseis para o meio-ambiente, o que pode causar um efeito global para o mercado do etanol.
No Brasil, as medidas relacionadas a este fator, a serem tomadas pelo RenovaBio, continuam sendo discutidas. Na próxima semana, o Governo deverá decidir se haverá um diferencial de tributo para os produtores de etanol.
Ele lembra que o Brasil possui um compromisso com a COP 21 e que a produção de etanol precisa dobrar para que este compromisso seja cumprido, desde que haja viabilidade econômica para tal.
Fonte: Agência Udop de Notícias - retirado do site Cenário MT
16 3626-0029 / 98185-4639 / contato@assovale.com.br
Criação de sites GS3