Estimativas do CTC apontam que, a cada 1% de colmos atacados por broca, há perdas de até 78 kg de açúcar e de 50 litros de etanol por hectare.
No dia 08 de junho deste ano, o setor canavieiro nacional foi agraciado com uma notícia a muito tempo aguardada: aCTNBio aprovou o uso comercial da primeira variedade de cana-de-açúcar geneticamente modificada do mundo. AALTHA20BT nasceu em Piracicaba, no interior de São Paulo, no centro de pesquisa do CTC e tem como característica principal a resistência à broca-da-cana-de-açúcar (Diatreasaccharalis), praga disseminada em praticamente 100% das áreas do Centro-Sul.
O gerente de negócios do CTC, Ronaldo Onosaki, explica que, ao longo dos próximos anos, a Empresa irá lançar diversas variedades de cana transgênica com diferentes características. “Porém, optamos por começar pela resistência à praga mais significativa em cana da atualidade.”
Estimativas do CTC apontam que, a cada 1% de colmos atacados, há perdas de até 78 kg de açúcar e de 50 litros de etanol por hectare. Somados, os prejuízos causados por essa praga podem chegar a $ 5 bilhões anuais em função de perdas com produtividade agrícola e industrial, qualidade do açúcar e custos com inseticidas. “São dois milhões de hectares que a broca está comendo dos nossos resultados a cada ano. Isso equivale a 55 usinas de porte médio, três cidades de São Paulo ou três milhões de campos de futebol.”
Agora, com a chegada da ALTHA20BT ao mercado, Onosaki afirma que estes danos serão drasticamente atenuados. A promessa é que a variedade recupere 60% dos danos causados pela broca na área agrícola, diminua em 20% os gastos com o manejo de pragas das unidades e aumente em 20% a qualidade da extração e fermentação da cana na indústria. Juntos, esses benefícios equivalem a 22% do EBITDA (“Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”, na tradução para o português) do setor ou R$ 8 reais por toneladas de cana.
Mas a resistência à broca não é a única característica da ALTHA20BT. Além de possuir alta adaptabilidade à mecanização, seja plantio ou colheita, a nova variedade do CTC utiliza menor quantidade de gemas por metro no plantio, que cai de 28 (caso utilize uma cana brocada com 40% de I.I) para apenas 15 mudas por metro, em função do uso de uma cana limpa que não registrou morte de gemas por entrenó trocado.
Com relação ao seu posicionamento, a variedade é recomendada para todo o Centro-Sul, com época de colheita de junho a setembro e para ambientes de produção A, B e C, sendo que no C, em locais mais secos, será necessário adotar irrigação.
Fonte: CanaOnline
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