A demanda por crédito rural em julho, primeiro mês da safra agrícola 2017/18, foi de R$ 8,4 bilhões, 23,2% superior à registrada no mesmo mês do ano passado, informou nesta sexta-feira, 9, o Ministério da Agricultura. A pasta atribui o incremento ao “fato de os produtores terem adiado a tomada de crédito nos meses anteriores para o atual ciclo agrícola, na expectativa de redução de juros”. O governo federal liberou R$ 188,4 bilhões para financiar a produção agrícola nos 12 meses da atual temporada.
De acordo com o Ministério, as instituições financeiras liberaram 45.228 contratos de financiamento envolvendo crédito de custeio, comercialização e investimento, ante 43.504 operações de julho do ciclo anterior. “Quando se consideram as operações de custeio e de comercialização, o desembolso atingiu R$ 6,8 bilhões, alta de 22,5% sobre julho de 2016. Já as contratações na modalidade investimentos, que incluem aquisição de máquinas e de implementos agrícolas, chegou a R$ 1,6 bilhão, com crescimento de 26,2%”, diz o Ministério em nota.
As contratações pela Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) somaram R$ 1,8 bilhão ante R$ 1,3 bilhão no mesmo mês do ano anterior. “Desse valor, R$ 791 milhões foram para as operações de custeio, R$ 839 milhões para comercialização e R$ 151 milhões para investimentos.” Ainda conforme a pasta, as instituições públicas ofereceram, em julho, para custeio e comercialização, R$ 3,6 bilhões (+ 83%). Os bancos privados destinaram para os mesmos segmentos “quase R$ 2 bilhões (-34%) e as cooperativas de crédito, R$ 1,2 bilhão (+ 101%)”.
Entre as linhas de crédito de investimento, operadas principalmente pelo BNDES e Banco do Brasil, o Inovagro (Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária) e o PCA (Programa de Construção e Ampliação de Armazéns) foram destaques, de acordo com o Ministério. As contratações do Inovagro aumentaram de R$ 3 milhões para R$ 34 milhões e as do PCA, inexistente em julho de 2016, atingiram R$ 15 milhões.
No Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural), o desembolso foi de R$ 173 milhões, ante R$ 40 milhões em julho do ano passado. E as aplicações no Moderfrota, programa de aquisição de maquinário, ficaram em R$ 474 milhões.
Fonte: Estadão Conteúdo
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