O Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) adiou ontem a deliberação sobre a imposição ou não de uma taxa de 17% sobre a importação de etanol, recomendada pelo Ministério da Agricultura. A decisão deverá ser tomada na próxima reunião da Camex.
Atualmente, o etanol está na lista de exceções do Mercosul e entra sem imposto no país. No início do ano, o segmento sucroalcooleiro pediu que o governo impusesse uma taxação sobre o produto, já que, neste ano, as importações já superaram todo o volume registrado no ano passado.
A discussão acendeu o sinal amarelo na indústria de etanol dos Estados Unidos, que responde por quase todo o volume importado pelo Brasil.
Hoje, a Associação de Combustíveis Renováveis (RFA, na sigla em inglês) e o Conselho de Grãos dos Estados Unidos comemoraram o adiamento da decisão. Em nota, as duas associações argumentaram que uma imposição de tarifa sobre o produto iria “contra a própria visão de longa data de que as tarifas sobre o etanol são inapropriados e podem prejudicar o desenvolvimento da indústria global do etanol”.
Além disso, as associações afirmaram que a elevação da tarifa “vai atingir os consumidores brasileiros aumentando os custos na bomba”.
A RFA e o Conselho de Grãos dos EUA enviaram cartas às autoridades americanas e brasileiras depois da notícia de que as associações da indústria brasileira de etanol haviam entrado com pedido na Camex para a alteração da tarifa de importação de etanol.
Fonte: Valor Econômico
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