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Uso de fungicidas foliares pode ser a saída para a obtenção de aumentos significativos na produtividade dos canaviais

A cultura da cana-de-açúcar, como qualquer outra, sofre com ataques de diversas doenças, causadas por fungos, bactérias, vírus e nematoides. Entre as principais estão as Ferrugens alaranjada e marrom, Raquitismo das soqueiras, Mosaico, Escaldadura das folhas, Carvão, Amarelinho e a Podridão abacaxi. Doenças essas que podem dizimar a produtividade do cultivo agrícola. Estimativas apontam que, se fosse possível controlar totalmente apenas as doenças, haveria um aumento de 13% na produção dos canaviais.

Atualmente, existem cerca de 40 diferentes medidas que podem ser utilizadas, simultaneamente ou em sequência, para se reduzir os danos causados pelas doenças. Medidas essas que incluem métodos genéticos, biológicos, culturais, físicos e químicos.

O químico, aliás, devido a sua eficiência e praticidade, é a principal ferramenta de combate adotada na maioria das culturas, como feijão, arroz, trigo, batata, tomate e citros. Porém, no caso da cana-de-açúcar, o cenário é um pouco diferente: as doenças são manejadas, principalmente, empregando-se variedades resistentes.

Entretanto, apenas esse procedimento não é suficiente para garantir um cultivo satisfatório da cultura no Brasil, ou seja, é importante que se crie a tradição ou costume de se utilizar fungicidas foliares em cana-de-açúcar. Em outras culturas, como soja, milho e algodão, a aplicação de fungicidas, que há 15 ou 20 anos era pouco utilizada, atualmente é uma prática já incorporada no processo produtivo, com amplos benefícios para o produtor.

Pesquisadores ressaltam que a utilização racional de fungicidas foliares em cana deve ser amplamente discutida e estudada junto aos produtores, consultores e técnicos canavieiros, pois este poderia ser o choque tecnológico que a cultura precisa em tempos de crise.

Fonte: CanaOnline