O coordenador do Centro de Estudo de Agronegócios da Fundação Getulio Vargas (GVAgro), o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, afirmou que a crise política desencadeada pela delação de executivos da JBS é sentida no Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018, que será lançado em Brasília no dia 7 de junho. "Esperávamos uma redução expressiva nas taxas de juros, que agora será menor. Além disso, haverá corte no seguro rural, que é essencial e está atrasado como mecanismo para o produtor. Ainda não temos nem 10% da área segurada", disse após apresentação de estudos sobre o Programa Agricultura de Baixo Carbono (Programa ABC), na FGV, em São Paulo. "As nuvens negras vieram no bojo dessa delação barata e escandalosa." Mais cedo, o Ministério da Agricultura confirmou que o Plano Agrícola e Pecuário 2017/2018 será lançado na quarta-feira da próxima semana, às 10 horas, em cerimônia no Palácio do Planalto.
O volume de recursos para o crédito agrícola deve superar levemente os R$ 185 bilhões de 2016/2017, e as taxas de juros dos principais programas devem ficar 1 ponto porcentual abaixo do período anterior, entre 7,5% a 11,75% ao ano. Lideranças do agronegócio nacional vinham, nos últimos meses, defendendo um corte maior, de 2 pontos porcentuais. Rodrigues, que escreve mensalmente para o Broadcast Agro, afirmou que a turbulência política "afeta o agronegócio direta e imediatamente". Mas ele se mantém otimista quanto à superação da crise, destacando a safra recorde de grãos e o papel do País como fornecedor global de alimentos. "Vamos atravessar essa crise, mesmo que sofrendo.
É esse negócio, o agro, que vai levantar o País no médio e longo prazo", concluiu.
Fonte: Estadão Conteúdo
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