O presidente do Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis (Ceise Br), Aparecido Luiz, considera insuficientes as medidas recém-anunciadas pelo governo federal para controlar a importação de etanol de milho dos EUA, mas defende cautela em adotar neste momento uma taxação sobre o produto estrangeiro.
Com a alta na entrada do biocombustível norte-americano no Brasil, o Ministério das Minas e Energia confirmou na última semana a adoção de um estoque mínimo para os importadores, que passarão a seguir as mesmas regras já impostas aos produtores nacionais.
A ação foi confirmada a despeito de uma recomendação do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, à Câmara de Comércio Exterior (Comex) para que fosse adotada uma taxa sobre as importações.
"Não é suficiente, mas como estamos num livre comércio uma taxação dessa, nesse momento seria inviável. Nós teríamos a mesma retaliação do outro lado, vamos trabalhar aí impondo forças, não dividindo. Acho que temos que somar forças", afirmou esta semana o presidente, durante o lançamento da 25ª Fenasucro.
Impasses internacionais como esse, além das incertezas políticas internas, segundo ele, não devem interferir nos negócios da feira, considerada uma das maiores do setor sucroenergético do mundo, e que acontece em agosto em Sertãozinho (SP), com uma projeção de R$ 3,1 bilhões em vendas.
O comércio exterior, na visão dele, foi justamente um dos aspectos que evoluíram para a cadeia sucroenergética desde a última edição da feira, sobretudo pelo preço do açúcar favorável à negociação e aumento da competividade do etanol como opção de energia renovável.
"Independente do que acontece no cenário federal temos que continuar fazendo nossa lição de casa", disse.
Fonte: Portal G1
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