O Brasil continua sendo o principal fundamento do mercado internacional. Com uma oferta de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) de 87 milhões de toneladas e uma capacidade relativamente elástica para alterar o mix de produção para o processamento de açúcar e etanol, o Brasil tem uma capacidade grande de mexer com o mercado.
Para a safra 17/18 ainda existem muitas considerações e debates sobre o volume e a qualidade da cana nas duas regiões principais do País. Há também todos os fatores que influenciam o mercado de etanol: a demanda de base que está se consolidando independente da competitividade com a gasolina; o elevado volume de importações de etanol, realizadas por agentes que o fazem sem a necessidade de cumprir as obrigações arcadas pelos produtores no mercado doméstico; a nova política de precificação de derivados de petróleo da Petrobras, que passou a fixar o preço da gasolina, em tese, seguindo o mercado internacional; e a nova política proposta pelo governo federal, no âmbito do Programa RenovaBio.
A recuperação de preços observada em 2016 ofereceu uma oportunidade para que muitos produtores fizessem hedge sobre suas exportações de açúcar a preços vantajosos. A questão é até que ponto esses hedges puderam ser mantidos, ou foram vencidos em operações com opções, ou serão objeto de wash-outs, com maior direcionamento da oferta de ATR para o etanol.
Aos poucos o setor vem reunindo forças para arrumar a casa após a crise que levou mais de 80 usinas a fecharem as portas. Contudo, há ainda muitos desafios pela frente, e que devem se transformar em oportunidades.
Fonte: Datagro - Infomoney
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