O grupo francês representado pelo embaixador da França no Brasil, Laurent Bili, visitou o Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, em Campinas, para conhecer os estudos relacionados à agroenergia, envolvendo avaliação de emissões de gases do efeito estufa (GEE) na produção de cana-de-açúcar e etanol.
A delegação foi recebida pelo diretor-geral do Instituto, Sérgio Augusto Morais Carbonell, pelo pesquisador do IAC responsável pelas de pesquisas na área de GEE, Heitor Cantarella, pela assessora da diretoria, Lílian Cristina Anefalos, e por Ricardo Baldassin Junior, que integram, por parte do IAC, o Agropolo Campinas-Brasil, plataforma internacional que prevê a parceria entre as regiões de Campinas e Montppelier, na França.
Resultados de estudos do IAC indicam que as emissões de GEE na produção de cana-de-açúcar são de 30% a 50% menores do que os índices recomendados pelo IPCC, segundo o Cantarella. “Nosso objetivo é reduzir as emissões abaixo do índice do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) para garantir a sustentabilidade do etanol”, afirmou.
Participaram também do grupo, durante a visita no dia 20 de fevereiro, o cônsul geral da França em São Paulo, Brieuc Ponte, o cônsul-adjunto, Thibault Samson, a conselheira para o Desenvolvimento Sustentável no Serviço Econômico da embaixada da França, Françoise Meteyer, o adido de Cooperação CT&I, Gérard Perrier, e o cônsul honorário da França em Campinas, José Luiz Guazzelli.
Meteyer ressaltou o know-how da França para destinação final de resíduos urbanos, como por exemplo, para produção de biogás e a possibilidade de uma interação por meio de parcerias nessa área, para contribuir com o desenvolvimento da bioeconomia no Brasil. “É importante conhecer e interagir com outros atores estrangeiros que têm os mesmos interesses. Projetos sobre resíduos urbanos fazem parte da atuação de empresas francesas há muitos anos. Então não é difícil fazer essa conexão”, afirmou o embaixador da França no Brasil, Laurent Bili.
Para Cantarella, a produção de biomassa, provavelmente, virá de países como o Brasil e este assunto tem despertado o interesse da Europa. “Os holandeses são grandes parceiros do IAC nesta pesquisa e imaginamos que a França também possa se interessar”, disse.
Para o secretário de Agricultura, Arnaldo Jardim, as interações com parceiros internacionais abrem novas oportunidades de intercâmbio de tecnologias e conhecimento. “É uma forma de ampliar a contribuição das instituições paulistas, como recomenda o governador Geraldo Alckmin”, diz.
O consórcio holandês Biotechnology based Ecologically Balanced Sustainable Industrial Consortium (BE-Basic) apoia a realização, pelo Agropolo Campinas-Brasil, de um roadmap de áreas estratégicas de pesquisa e investimentos voltados para o desenvolvimento da bioeconomia na região de Campinas.
O Agropolo Campinas-Brasil é uma plataforma de relacionamento entre universidades, centros e institutos de pesquisa e empresas de alta tecnologia, nacional e internacional, que visa desenvolver projetos de cooperação técnica nas diferentes áreas da bioeconomia — agricultura, alimentação, saúde, biodiversidade, bioenergia, química verde e desenvolvimento sustentável.
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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