As usinas e destilarias do Centro-Sul do Brasil tiraram proveito do clima favorável e processaram 37,66 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na primeira quinzena de setembro, volume 26,87% maior na comparação com igual período do ano passado (29,69 milhões de toneladas). No acumulado da safra 2016/2017, iniciada em abril, a moagem atinge 431,32 milhões de toneladas, 7,87% mais ante igual intervalo do ciclo 2015/2016 (399,84 milhões de t). Os números foram divulgados nesta sexta-feira (30/9) pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica).
Citando o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), a entidade destacou que dados preliminares indicam que na primeira quinzena de setembro, na comparação anual, a quebra agrícola variou de 1,48% em Minas Gerais a 15,83% no Estado de Goiás, para uma amostra comum de aproximadamente 113 unidades produtoras. Os dados efetivos para o mês serão confirmados em outubro.
O mix de produção na quinzena foi de 48,15% da oferta de matéria-prima para açúcar e os outros 51,85%, para etanol. No acumulado da temporada, os porcentuais são de 45,89% e 54,11%, respectivamente. Com isso, a produção de açúcar nos primeiros 15 dias de setembro alcançou 2,40 milhões de toneladas (mais 44,05%).
Já a de etanol totalizou 1,59 bilhão de litros (mais 3,10%), dos quais 705 milhões de litros de anidro e 894 milhões de litros de hidratado. No acumulado da safra 2016/17, a fabricação de açúcar atinge 24,82 milhões de toneladas (mais 19,25%) e a de etanol, 18,05 bilhões de litros (mais 0,18%), dos quais 7,44 bilhões de litros de anidro (mais 11,82%) e 10,61 bilhões de litros de hidratado (menos 6,64%).
Em relação à qualidade da matéria-prima, a Unica informou que o nível de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) na primeira quinzena de setembro foi de 139,36 kg por tonelada de cana no Centro-Sul (mais 5,81%). No acumulado do ciclo, totaliza 131,63 kg por tonelada (mais 0,29%). Em São Paulo, principal Estado produtor, a qualidade da matéria-prima no acumulado da safra registrou um decréscimo de 1,09% em relação àquela observada no ciclo anterior. O teor de ATR foi de 129,38 kg por tonelada ante 130,81 kg por tonelada apurada em 2015/16.
"Mantido o ritmo de produção observado até o momento e a tendência de queda na produtividade agrícola da lavoura colhida, a moagem final da safra 2016/2017 deve ficar próxima do limite inferior publicado na estimativa divulgada pela Unica em abril", de 605 milhões de toneladas, destacou a entidade.
"Nessa linha, a produção final de açúcar deve atingir valor próximo do limite superior divulgado e a produção de etanol, por sua vez, deve ficar aquém do mínimo estimado, com destaque para a retração na oferta de etanol hidratado."
Vendas
A comercialização de etanol pelas usinas do Centro-Sul do Brasil na primeira quinzena de setembro caiu 6,1% na comparação com igual período do ano passado, para 1,17 bilhão de litros, sendo 1,08 bilhão de litros para o mercado interno e 88,26 milhões de litros para o externo. No acumulado da safra 2016/2017, iniciada em abril, as vendas somam 12,91 bilhões de litros (menos 5,2%).
O volume comercializado de etanol anidro, misturado em até 27% à gasolina, atingiu 437,99 milhões de litros nos primeiros quinze dias de setembro, ante 467,73 milhões de litros há um ano. No acumulado da temporada, são 5,13 bilhões de litros agora versus 4,86 bilhões de litros em 2015.
Já no caso do hidratado, utilizado diretamente no tanque dos veículos, houve queda. Na primeira quinzena de setembro, as usinas do Centro-Sul venderam 735,81 milhões de litros, queda de 5,9%. Desse total, 679,10 milhões de litros foram para o mercado interno (menos 10,8%). Desde o início do atual ciclo, em abril, a comercialização chega a 7,77 bilhões de litros (menos 11,2%).
Fonte: Estadão Conteúdo
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