Um carro que pode percorrer a distância equivalente de Ribeirão Preto a São Paulo (316 km) com apenas um litro de etanol é uma façanha alcançada por pesquisadores brasileiros que pode auxiliar na produção de veículos com alta eficiência energética e menos poluentes.
O carro supereconômico e mais sustentável é uma das novidades da Feira Internacional de Tecnologia Sucroenergética (Fenasucro), que começa nesta terça-feira (23), em Sertãozinho (SP), e segue até o dia 26.
O protótipo, desenvolvido por estudantes paranaenses, foi testado nos Estados Unidos no ano passado e a meta é que neste ano o carro projetado pelos brasileiros chegue a uma autonomia de 400 quilômetros com um litro do combustível da cana-de-açúcar.
Segundo os pesquisadores, o segredo para percorrer a distância com pouco etanol é o mesmo já usado nas fábricas automobilísticas, que já caminham para a produção de carros mais econômicos, mas em outras proporções.
Entre os detalhes pensados pelos estudantes estão a redução de atrito do carro com o ar e o solo, a aerodinâmica e o uso de materiais que deixem o veículo mais leve, como a fibra de carbono, já usada em carros esportivos de luxo.
O carro, que começou a ser desenvolvido pelos pesquisadores em 2009, é um veículo individual, com dois metros de dimensão, com motor à injeção eletrônica e de fibra de carbono. O veículo, que lembra uma espiga de milho, foi batizado de Popygua.
Nos testes em solo norte-americano, patrocinado por uma companhia internacional de combustível, o carro rodou com velocidade mínima de 30 km/h, o que também ajudou no desempenho.
O desempenho do protótipo brasileiro foi o segundo melhor na disputa e ficou atrás de um carro do estado do Colorado, que chegou a ter autonomia de 500 quilômetros com um litro de etanol.
Segundo o professor Bruno Medeiros, do departamento de mecânica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), para o protótipo chegar à garagem dos motoristas ainda tem muita estrada pela frente. "O protótipo é um modelo reduzido de um carro, ele não tem marcha, pra gente chegar à indústria automobilística é um salto bem grande", considerou Medeiros.
Ainda para o professor de mecânica, os desafios para a fabricação de carros mais econômicos e sustentáveis esbarra nas exigências dos consumidores e é um reflexo da própria sociedade.
Fonte: Portal G1
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