São processadas 25 toneladas de palha por hora, o que gera 75 mil megawatts-hora por ano
A Usina Ferrari, em Pirassununga (SP), está utilizando a palha da cana para substituir o bagaço na geração de energia de biomassa. Essa tecnologia é chamada de Palha Flex e foi desenvolvida pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Segundo o engenheiro técnico do centro, Francisco Antônio Linero, o potencial energético da palha é 70% maior que o do bagaço.
O gerente da Usina Ferrari, Hênio José Respondovesk Júnior, conta que a estrutura foi construída há um ano e que foram investidos mais R$ 20 milhões. Respondovesk Júnior explica que a biomassa chega em fardos que pesam 500 quilos cada. O processo de descarregar a palha e colocar na esteira é todo feito por máquinas. Até as cordas que amarram os fardos são retiradas pelo equipamento.
Como funciona
A palha vai para a caldeira e é queimada junto com o bagaço. Quanto mais palha se usa, mais bagaço sobra para ser armazenado e usado no período de entressafra. São processadas 25 toneladas de palha por hora, o que gera 75 mil megawatts-hora por ano, energia suficiente para abastecer uma cidade de 125 mil habitantes pelo mesmo período.
A palha é o que sobra no campo depois do corte da cana de açúcar. O ideal é deixar metade do material como cobertura de solo, mas o resto pode ser aproveitado como biomassa. No Brasil, a maior parte da palha é desperdiçada.
Fonte: Nova Cana – 10/08/2016.
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