As usinas sucroalcooleiras brasileiras fixaram, até o fim de junho, o preço de venda de um volume entre 2 milhões e 2,5 milhoes de toneladas do açúcar que será produzido apenas na próxima temporada (2017/18), que começará "oficialmente" no mês de abril do próximo ano. A estimativa é da consultoria Archer Consulting, que calcula que esse montante foi comprometido por 15,93 centavos de dólar por libra-peso, em média.
Embora esse patamar esteja abaixo dos preços atuais praticados no mercado internacional, Arnaldo Correa, diretor da consultoria, observou, em nota, que a fixação do câmbio rendeu um valor em reais elevado. Ontem, o contrato mais negociado do açúcar demerara na bolsa de Nova York, para entrega em outubro próximo, fechou a 19,36 centavos de dólar.
Pela estimativa da consultoria, o valor médio ajustado de fixação, considerando os contratos a termo de dólar com liquidação financeira (NDFs), apontam para um valor fixado em reais de R$ 1.508,99 por tonelada, ou R$ 65,78 por libra-peso, com prêmio de polarização.
Correa considerou que "é razoável pensar" que muitas usinas ainda não fixaram o preço de sua produção da próxima safra porque dependem do limite de crédito oferecido pelas tradings ou porque estão fora do limite ou do período autorizado por elas. O especialista avaliou, porém, que o movimento de hedge vai continuar avançando se a remuneração ficar em torno de R$ 1,6 mil a tonelada.
Com relação à safra em curso (2016/17), praticamente todo o açúcar que deve ser entregue ao mercado internacional já teve o preço fixado. Pela análise da Archer, até o fim de junho as usinas haviam fixado o preço de 23,6 milhões de toneladas de açúcar, ou 94% do que se espera que seja exportado neste ciclo. O valor médio ficou em 15,01 centavos de dólar a libra-peso, e em moeda nacional, em R$ 1.266,46 a tonelada.
Fonte: Valor Econômico
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