O secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, destacou a importância do setor sucroenergético para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, durante o último dia da 12ª Feira Agronegócios da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Copercana), realizada no dia 24 de junho de 2016, em Sertãozinho. Diante de centenas de produtores, expositores e lideranças do setor, o titular da Pasta ressaltou que acredita na recuperação do setor, mesmo diante das dificuldades enfrentadas pela crise política e econômica que o Brasil atravessa.
Arnaldo Jardim falou que o segmento sucroalcooleiro é capaz de crescer com inovação e tecnologia. “As tecnologias que existem hoje em dia possibilitam a evolução permanente das cultivares, com melhoramento genético, novas técnicas de plantio e manejo do solo, aperfeiçoamento dos tratos culturais e evolução da colheita”, afirmou.
Para o secretário, o cooperativismo, solidariedade, associativismo são os melhores instrumentos que o segmento agropecuário para enfrentar a crise.
Arnaldo Jardim ressaltou ainda a importância do Estado de São Paulo para o crescimento do segmento agrícola, destacando o trabalho da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, que vem desenvolvendo pesquisas para melhoria das cultivares e da produtividade agrícola da cana-de-açúcar. “Lançamos a Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), programa que estipulou que 69% da matriz energética paulista será composta por energias limpas. Intensificamos ainda as ações de pesquisas desenvolvidas pelos nossos institutos da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (Apta), especialmente o sistema de Mudas Pré-Brotadas de cana-de-açúcar, que já conta com uma linha de financiamento do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap)”, afirmou.
O secretário ponderou o trabalho do Governo do Estado de São Paulo, que cobra o menor ICMS do País todo para o etanol, reduzido de 25% para 12%, e para o lastro do álcoolduto - rede de dutos em funcionamento desde 2010 para transporte do combustível. “Na administração do governador Geraldo Alckmin, diminuímos o retrofit das usinas, ou seja, os empresários puderam modernizar seus equipamentos para aumentar a produtividade pagando menos imposto”, afirmou.
De acordo com dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA) da Secretaria, São Paulo é Estado campeão, responsável por 56,2% da produção de cana, 50,6% de etanol, 63,5% de açúcar e 50% da bioeletricidade gerada.
A Feira
Em sua 12ª edição, a Feira Agronegócios Copercana reuniu expositores de máquinas, equipamentos e agroquímico. É realizada especialmente para produtores cooperados do Sistema Copercana, Canaoeste e Sicoob Cocred.
O evento, que tem cerca de 80 expositores e recebeu cerca de cinco mil visitantes, movimentou na edição passada R$ 160 milhões, volume 6% maior do que em 2014. Na feira, o visitante encontrou produtos e tecnologias para a cultura de cana-de-açúcar, soja, amendoim e milho.
De acordo com o diretor presidente da Copercana, Antonio Eduardo Tonielo, o tradicional evento do setor é realizado no final do primeiro semestre, em junho, porque é o período propício para que os cooperados invistam em suas plantações.
“O mês de julho fecha o primeiro semestre, e as empresas precisam faturar. Então, esse encontro ali a necessidade dos empresários, que oferecem boas oportunidades de negócios com a necessidade do produtor em reduzir custos, sem prejudicar sua produção”, comentou Tonielo.
Para o presidente da Associação dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo (Canaoeste) e diretor-superintendente da Copercana, Manoel Carlos de Azevedo Ortolan, o evento fortalece setor, oferecendo um volume grande de negócios, onde as empresas podem baixar preço e o produtor concentra essas oportunidades para fechar negócio.
“Diferente do Brasil, que enfrenta um período de desaceleração econômica e de falta de confiança, a Copercana continua acelerando, tendo registrado no período de 2011 a 2015, crescimento de 70% em seu faturamento, saindo de R$ 670 milhões para R$ 1.138 bilhão, sendo que 60% desse total é referente a insumos, razão principal desta feira”, destacou Ortolan.
O produtor de cana-de-açúcar de Serrana Francisco Cesar Urenha afirmou que a feira é importante para os produtores cooperados, porque além de proporcionar bons negócios, os mantêm atualizados sobre o que acontece no setor.
“Nós vimos com profunda preocupação a instabilidade política, o que causa insegurança em toda a cadeia produtiva. Mas ao mesmo tempo, precisamos continuar produzindo bem, com custo cada vez menor, respeitando os limites ambientais, e a feira é o melhor momento para fazer bons negócios, pois já temos um panorama de preço e um fluxo de caixa mais ou menos montado para saber o quanto podemos investir”, comentou.
Nesta edição, a feira apostou também em eventos de conteúdo, com palestras técnicas apresentadas por representantes das principais multinacionais do segmento agrícola.
Foi buscando se atualizar com as novidades tecnológicas que a produtora de cana-de-açúcar e soja de Bebedouro Maria José Garnica visitou a feira.
“A cada ano nós encontramos produtos novos, cada vez mais diversificada, que vão aumentando a nossa produtividade. Os produtores vêm à feira para sanar suas dúvidas e acabam encontrando pessoas capacitadas para orientá-los. É um setor muito vasto, além de encontrar um preço muito melhor nessa época”, destacou Maria José.
Jovens produtores
Durante sua visita à feira, o secretário Arnaldo Jardim se reuniu com cerca de 70 jovens estudantes do Programa Jovem Agricultor do Futuro de Sertãozinho, desenvolvido para resgatar o jovem para o campo, capacitando-os para o mercado de trabalho, apresentando técnicas de manejo e cultivo do solo para produção de culturas agropecuárias.
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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