Em maio de 2016, o consumo de combustíveis (etanol hidratado carburante e gasolina C) pelos veículos leves do ciclo Otto no Brasil somou 4,35 bilhões de litros (em gasolina equivalente), segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e compilados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA). Este volume é levemente superior (1,71%) aos 4,28 bilhões de litros comercializados no mesmo mês de 2015 e praticamente igual aos 4,38 bilhões de litros registrados em abril deste ano.
“Embora nenhum crescimento efetivo tenha sido observado em termos volumétricos (fruto da crise econômica enfrentada pelo País), a participação do etanol hidratado nesta demanda de combustíveis do ciclo Otto aumentou fortemente. Enquanto em abril do ano corrente esta presença totalizou 18,53%, em maio saltou para 21,22%”, explica o diretor Técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues.
Esse avanço decorre da recuperação do consumo pelo biocombustível no País, com 1,32 bilhão de litros vendidos em maio, alta de 13,76% em relação ao mês anterior (1,16 bilhão de litros). Em contrapartida, o volume demandado de gasolina C (com 27% de etanol anidro) caiu 3,98% nesse mesmo período.
Em termos regionais, no Centro-Sul o consumo de etanol hidratado cresceu quase 15%, atingindo 1,23 bilhão de litros em maio. Essa retomada também foi observada na região Norte-Nordeste, onde após quatro meses de quedas consecutivas, as vendas do renovável expandiram 10,97% no período (com 87 milhões de litros comercializados), mas ainda assim muito aquém do potencial da região, que em maio de 2015 demandou 125 milhões de litros.
Dentre os estados onde o etanol se revela competitivo em relação ao seu substituto fóssil, o destaque coube para o avanço em Minas Gerais. Em abril de 2016, o renovável (com 100,90 milhões de litros comercializados) respondeu por 15,78% do consumo do ciclo Otto no Estado. Já no mês seguinte, este percentual saltou para 22,85% (148,18 milhões de litros), crescimento acima de 7 pontos percentuais (pp).
Além de Minas, também houve aumento destes percentuais no Paraná, Goiás e em São Paulo. Nesse último, a alta totalizou 5 pp: de 35,72% apurados em abril, a participação do etanol hidratado carburante na demanda do ciclo Otto aumentou para 40,96% em maio. Esses números refletem a expansão no volume consumido do biocombustível (12,65% no período) vis-à-vis a retração na demanda paulista de gasolina C (-9,76%).
Essa tendência é explicada pela maior competitividade do renovável frente ao derivado, com a paridade de preços entre ambos declinando de 72,22% em abril para 64,59% no mês seguinte.
É importante notar que o consumo nacional de etanol hidratado se mantém acima dos 1 bilhão de litros por mês, mesmo nos períodos de entressafra. Essa tendência revela uma contínua migração da preferência pelo consumidor brasileiro do uso do produto fóssil para o renovável diante dos benefícios proporcionados por esse último à saúde da população e ao meio-ambiente.
Fonte: UNICA
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