A forte desvalorização registrada pelo etanol nas últimas semanas fez com que o biocombustível perdesse atratividade para as usinas ante o açúcar.
Cálculos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) mostram que a vantagem do alimento sobre o álcool atingiu, na semana passada, o maior nível do ano.
O cristal remunerou 64% mais que o anidro e 75% mais que o hidratado no Estado de São Paulo. Considerando-se a média conjunta de hidratado e anidro, o açúcar rendeu 69,5% mais que ambos.
Segundo o Cepea, o preço médio do anidro que seria equivalente ao do açúcar cristal foi calculado em R$ 2,5567 por litro (sem impostos). Para essa mesma equiparação, o hidratado precisaria ter tido média de R$ 2,4019 por litro (sem impostos). "A perda de competitividade do etanol começou a aumentar em meados de março, com o foco das usinas do Centro-Sul voltado para a produção de etanol devido à melhor liquidez do combustível e também por questões técnicas", explicou o Cepea, em relatório antecipado ao Broadcast Agro, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado. No último mês (da semana iniciada em 21 de março até a finalizada em 22 de abril), o preço do hidratado caiu 29% e o do anidro, 25,1%. No mesmo período, o açúcar recuou apenas 1%.
Na última semana, o Indicador Cepea/Esalq semanal do hidratado em São Paulo fechou a R$ 1,3725 por litro. Já o do anidro ficou em R$ 1,5612 por litro. Os valores são sem impostos e referem-se ao produto retirado nas usinas.
Fonte: Estadão Conteudo
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