A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo contará com o setor da cana-de-açúcar para intensificar a adesão ao Cadastro Ambiental Rural (CAR), que termina no dia 5 de maio de 2016. O apoio foi firmado pelo secretário Arnaldo Jardim e pelo secretário-adjunto, Rubens Rizek, no dia 17 de março de 2016, em reunião com o presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Região de Jaú (Associcana), Eduardo Vasconcellos Romão, recentemente eleito para a presidência da Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul (Orplana).
Arnaldo Jardim reforçou que o prazo para preenchimento do CAR não será prorrogado. “Apesar de ser o Estado da Federação que mais avançou no CAR, com cerca de 70% de adesão, São Paulo não pode desacelerar. É um documento importante para o governo e muito mais para os proprietários rurais, que se credenciam para acessar as linhas de financiamento do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap) e outros benefícios, incluindo o Programa de Regularização Ambiental (PRA) ”, concluiu o secretário.
Agradecendo a acolhida e reforçando a disposição de manter e intensificar a parceria com a Secretaria de Agricultura, Eduardo Vasconcellos Romão afirmou que a entidade vai intensificar esforços, por meio de suas afiliadas, para que todos os produtores efetuem seu cadastramento. A Orplana reúne 34 associações de fornecedores de cana-de-açúcar dos Estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Goiás.
Primeiro produto no ranking do valor da produção agropecuária, de acordo com levantamento realizado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura, a cana-de-açúcar gerou renda de mais de R$ 23,016 bilhões, montante que representa 37,4% da riqueza gerada pelo campo no Estado de São Paulo, de acordo com a estimativa preliminar para o ano de 2015.
Em recuperação, depois de alguns anos de baixa produtividade, o setor também precisou lidar com os efeitos de uma política econômica equivocada adotada pelo governo federal e com as mudanças ocasionadas pela adoção do Protocolo Agroambiental e das novas normas de conservação e manejo do solo, em função da expansão da cultura no Estado.
Resultado de um acordo voluntário entre o governo estadual, representado pelas secretarias de Agricultura e Abastecimento (SAA) e do Meio Ambiente (SMA), e o setor produtivo, por meio da União da Indústria da Cana de Açúcar (UNICA) e da Orplana, o Protocolo Agroambiental, assinado em 2007, representa uma nova forma de produzir cana de açúcar no Estado de São Paulo. “Além de introduzir a mecanização da colheita da cana de açúcar, o Protocolo representou a consolidação de uma estrutura produtiva baseada na adoção das melhores práticas de sustentabilidade ambientais e sociais, o que só foi possível graças aos esforços desprendidos pelo setor produtivo”, destacou Arnaldo Jardim.
A principal causa da degradação dos solos no Estado de São Paulo é a erosão hídrica, embora sejam significativas as áreas com problemas causados pela perda de nutrientes e poluição, as quais devem receber a maior atenção, para que sejam elaborados projetos específicos para solucioná-los, explica Alexandre Manzoni Grassi, engenheiro agrônomo da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), da Secretaria de Agricultura.
Considerando a importância do agronegócio para a economia paulista e brasileira, visto que tem ajudado ano após ano a diminuir o déficit da balança comercial, e que, produzir com sustentabilidade é uma das premissas básicas orientadas pelo governador Geraldo Alckmin, afirmou Arnaldo Jardim, “tornou-se necessário atualizar e ampliar as políticas públicas para recuperar áreas degradadas, o que intensificará a produção agropecuária, restabelecendo a capacidade produtiva dos solos”, concluiu o secretário.
Nesse contexto, o secretário publicou uma resolução que dispõe sobre as normas e procedimentos para redução da erosão e a recuperação das áreas degradadas. Com o objetivo de sanar dúvidas e auxiliar aos técnicos da Cati e produtores a elaborar projetos individuais de conservação do solo agrícola, conforme previsto no Decreto nº 41.719, a Secretaria de Agricultura elaborou um tutorial, que foi apresentado por Arnaldo Jardim ao presidente da Orplana. “O material também é direcionado aos técnicos da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), que promovem a fiscalização das propriedades e recebem os projetos dos produtores autuados”, informou o secretário. .
Em sua trajetória profissional, Eduardo Vasconcellos Romão sempre procurou ajudar os pequenos e médios produtores de cana de açúcar a se posicionar no setor. Para ele, agricultores precisam se preparar para atender a demanda mundial alimentos que a população precisará num futuro próximo. “Seremos aproximadamente 9,7 bilhões de habitantes, em 2050, e demandaremos mais alimentos, fibra e energia. Segundo organismos internacionais, o Brasil é o único País com potencial para atender o crescimento da demanda”, afirmou.
A audiência foi acompanhada pelo dirigente da assessoria técnica, José Luiz Fontes, e por Marcos Renato Böttcher, assessor institucional do gabinete.
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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