Os balanços de grupos sucroalcooleiros referentes ao terceiro trimestre do ano-safra 2015/16 (outubro a dezembro) mostraram queda nos estoques de etanol, comprovando a demanda aquecida pelo biocombustível ao longo de 2015. Na média, as usinas detinham reservas 27% menores do produto em 31 de dezembro, mas o setor ainda avalia que não há perigo de desabastecimento, porque o segmento já está intensificando a produção referente ao ciclo 2016/17.
A redução mais expressiva foi registrada pela Biosev, braço sucroenergético da Louis Dreyfus Commodities (LDC). No fim do ano passado, a companhia possuía em estoque 272 milhões de litros de álcool, 42,4% menos na comparação com igual período de 2014/15.
No caso do Grupo São Martinho, a queda foi de 27,5%, para 243,5 milhões de litros. Quanto à Raízen, joint venture entre Cosan e Shell, as reservas diminuíram 11,8% e estavam em 860 milhões de litros em 31 de dezembro.
O porquê de essas companhias terem encerrado 2015 com estoques menores está no consumo aquecido por etanol ao longo do ano passado, como consequência do aumento nos preços da gasolina. Segundo a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica), no acumulado da safra 2015/16, iniciada em abril, até dezembro, as vendas por usinas do Centro-Sul totalizaram 22,89 bilhões de litros, quase 24% mais frente os 18,49 milhões de litros de iguais meses de 2014/15.
Abastecimento
Para o presidente do Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras do Estado de Mato Grosso (Sindalcool-MT), Jorge dos Santos, não há risco de faltar etanol. "Paraná, Mato Grosso do Sul e Goiás ainda estão moendo. Estão aproveitando a estiagem dos últimos dias e produzindo (álcool), mesmo com custos maiores", afirmou, lembrando que algumas regiões do Centro-Sul do País nem interromperam a moagem para dar conta justamente da cana em pé no campo. "Além disso, exportamos pouco no mês passado. Nada mostra que possa haver qualquer impacto."
Fonte: Estadão Conteudo
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