A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, o campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP) assinou um protocolo com os governos estadual e federal para elaboração do Plano Diretor de Agricultura Irrigada para São Paulo. A iniciativa prevê estudos para desenvolvimento de novas técnicas e identificação de locais com pontencial de irrigação.
A parceria entre a universidade e a Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento e com a Secretaria Nacional de Irrigação foi anunciada no último dia 21 de janeiro.
"A partir do plano piloto, serão adotadas novas técnicas e novos modelos de irrigação, e, acima de tudo, aptidões dos Estados, porque ao plantar o correto em sua região, você também economiza água", disse o secretário nacional de irrigação, José Rodrigues Pinheiro Dória, na ocasião.
De acordo com Dória, não tem como parar de irrigar. Segundo ele, é preciso encontrar uma cultura irrigada de maior aproveitamento, menos água e menos toxinas.
"Vamos precisar muito da universidade em parceria para encontrar a melhor maneira sócioeconomica de o pequeno produtor usar essa cultura irrigada", ressaltou. "A população, ao sentir na pele, teve uma consciência diferente e isso é o número um para que se economize água no momento", afirmou.
Expansão da Área irrigada
Um primeiro estudo, anunciado em 2015 e desenvolvido por pesquisadores da Esalq, também norteará Plano Nacional de Irrigação.
A Portaria nº 115, publicada no Diário Oficial da União, estabeleceu que todos os projetos públicos que envolvem o tema sejam planejados e implantados conforme o relatório do estudo, que avaliou 168,8 mil bacias hidrográficas do país.
A pesquisa “Análise territorial no Brasil para o desenvolvimento da agricultura irrigada”, feita em parceria com o Ministério de Integração Nacional, demonstrou que o país tem potencial para expandir em até 61 milhões de hectares as terras irrigadas, o equivalente a 10 vezes mais do que se tem atualmente.
Produção de Alimentos
Segundo os pesquisadores da instituição, a produção de alimentos chega a triplicar em alguns cultivos em áreas irrigadas. A técnica de é utilizada em apenas 6 milhões de hectares, mas poderia irrigar 61 milhões de hectares, especialmente na região Centro-Oeste.
"Temos 66 milhões de terras irrigáveis. Sempre se produz mais ao se irrigar", disse um dos coordenadores da pesquisa, Durval Dourado Neto. Segundo o estudo, os estados com maior área irrigada no Brasil são São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Goiás. Juntos, eles possuem cerca de 68% de toda a área irrigada atualmente.
A pesquisa mostrou outro fato novo. O número apontado na análise é maior do que a previsão indicada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Para o órgão, segundo o pesquisador, o país possui 29 milhões de hectares irrigáveis. O G1 entrou em contato com a FAO para confirmar a extensão da área irrigável do Brasil e saber quais foram as metodologias aplicadas na medição das terras, mas não obteve retorno.
Fonte: G1
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