O Rabobank prevê que a relação entre estoques de açúcar e consumo atingirá 40% na safra global 2015/16, iniciada em outubro.
Esse porcentual, que também representa a média das últimas dez temporadas, revela que 40% da demanda mundial pela commodity pode ser suprida apenas pelas reservas.
Caso se confirme, o número representará queda frente os quase 45% observados em 2014/15, destacou a instituição, em relatório divulgado nesta quinta-feira, 17. O banco reafirmou sua previsão de déficit de produção na atual temporada, de 4,8 milhões de toneladas, o primeiro após cinco ciclos seguidos de superávit.
De acordo com a instituição, o déficit incorpora quedas de produção na União Europeia, na China e na Índia. "Juntas, essas alterações devem superar qualquer aumento de produção previsto para o Centro-Sul do Brasil", explicou o Rabobank.
A principal região produtora do País, por sinal, deve moer 592 milhões de toneladas de cana em 2015/16, mais do que os 571 milhões de toneladas de 2014/15, conforme o banco.
A fabricação de açúcar está estimada em 30,7 milhões de toneladas, com alocação de 41% da oferta de cana direcionada para o alimento. No Norte/Nordeste do Brasil, por sua vez, espera-se uma redução de 10% a 15%, para 52 milhões a 55 milhões de toneladas. A região foi prejudicada pela seca neste ano.
Preços
Para o Rabobank, as cotações do açúcar na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) serão influenciadas nos próximos meses pelos impactos do El Niño, fenômeno climático que provoca chuvas em excesso no Brasil e seca na Índia e na Tailândia, e pela oscilação do dólar ante o real. Atualmente, os contratos da commodity oscilam entre 14 e 15 centavos de dólar por libra-peso.
Fonte: Estadão Conteudo
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