Graças às chuvas que caíram ao longo da safra 2015/16, muitas usinas não conseguirão processar toda cana disponível, deixando parte dessa matéria-prima para ser processada no início do ciclo 2016/17. Mesmo com o esforço de muitas unidades de esmagarem durante a entressafra, a estimativa é que esta safra tenha cerca de 30 milhões de toneladas de cana bisadas para o próximo ano.
Segundo o professor Carlos Alexandre Crusciol, professor da Unesp de Botucatu, essas áreas de cana bisadas podem exigir cuidados especiais de manejo por parte da usina e do produtor. “Nesse caso, tem que separar a cana bisada que tem broto ladrão, ou broto chupão, e a cana que não tem.” Se não tem esse tipo de broto, sem problemas, o produtor pode manejar naturalmente para preparar a área para o próximo ciclo. No entanto, se as plantas apresentam esse tipo de brotação, a área requer um programa especial de nutrição.
“Quando tem broto ladrão, a tendência é esse broto consumir reserva do rizoma, que é açúcar, e quando for colhida a cana, a rebrota tende a ser muito fraca.” Na verdade, o broto ladrão seria o futuro novo canavial, mas como a cana não foi colhida na época certa, bisou, no ano seguinte colhe-se a própria cana junto com o broto, que seria o novo canavial.
“Desta forma, ocorre um esgotamento de reservas de energia do rizoma da soqueira, que sai mais fraca. Nesse caso, tem que fazer um manejo, provavelmente com bioestimulantes para brotar melhor essas áreas, tomando ainda cuidado com nitrogênio e fornecimento de fósforo. Basicamente esses dois elementos são importantes para reforçar essa rebrota e recuperar o canavial”, explica o professor.
Caso contrário, segundo ele, se tem uma planta com dificuldade de perfilhar e com menor crescimento, porque o açúcar que estava disponível no rizoma para formar o novo canavial, formar a soca, foi consumido pelo broto ladrão.
Fonte: CanaOnline
16 3626-0029 / 98185-4639 / contato@assovale.com.br
Criação de sites GS3