- O aumento do diesel, desnecessário pois este produto vendido pela Petrobras no mercado interno está ao redor de 10 a 15% mais caro que no exterior e estamos num país que precisa estimular a produção, trará ainda mais impacto de custos nas Usinas. Estima-se que para cada 10 litros de etanol gerados, 1 litro de diesel é necessário.
- O Pro-renova, programa para renovação de canaviais do BNDES terá apenas metade do que foi alocado em 14/15, o que dificultará a renovação. Sinais do cobertor curto.
- Finalizado o mês de setembro, a moagem de cana no Centro-Sul está em 444,3 milhões de toneladas, contra 441,44 milhões de toneladas processadas até setembro de 2014. Porém, São Paulo tem quase 12 milhões de toneladas de defasagem na moagem e pode não conseguir moer tudo.
- O ATR até o final de setembro estava, na média da safra, em 132,16. Estamos 2,5% abaixo de 2014. Porém, o clima melhor elevou a produtividade média da safra para 85,3 toneladas/ha, 10% a mais que na safra anterior.
- Entrevistando usineiros que considero muito eficientes e austeros, na safra 2014/15 o custo de se produzir açúcar foi de R$ 40 por saca, etanol hidratado 1,05/l e o anidro 1,15/l.
- Mas... aí vem o dreno do setor: juros saltaram de 11,5 para 14,25% e câmbio de 3,20 a 3,80 - 4,00. De acordo com o Itaú-BBA, analisando 65 grupos que representam 75% do setor mostram que o endividamento cresceu 23% em um ano, pulando de mais de 46 para quase R$ 57 bilhões. Cerca de 43% do endividamento analisado pelo Banco está em dólar. A dívida pulou de 3,8 (em 2013/14) para 4,3 vezes o EBITDA em 2014/15 sendo que a dívida líquida atingiu 133 reais/tonelada de cana. Além da restituição da CIDE, uma ação coordenada dos agentes financeiros na estrutura de débitos de empresas que se mostrem competitivas do ponto de vista operacional e que não conseguem fazer frente ao endividamento do curto prazo é uma importante alternativa.
- O relatório mais recente da EPE, ligada ao MME, mostra uma produção de cana de 792 milhões de toneladas em 2020 e de em 841 milhões de toneladas em 2024. Teríamos, de acordo com este material, uma produção de 47,6 milhões de toneladas de açúcar em 2024, com crescimento de 2,8% ao ano, com ATR de 142,8 e produtividade média de 85,3 t/ha. O consumo de etanol hidratado seria de 27 bilhões de litros, um crescimento anual de 6,8% ao ano e o anidro, um crescimento de 1,9% ao ano, chegando a 13 bilhões de litros.
Fonte: USP/Markestrat.
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