De janeiro a setembro de 2015, as exportações do Estado de São Paulo somaram US$ 33,69 bilhões (23,3% do total nacional), e as importações, US$ 49,50 bilhões (36,9% do total nacional), registrando déficit de US$ 15,81 bilhões. Em relação ao mesmo período de 2014, o valor das exportações paulistas caiu 12,5% e o das importações 23,9%, diminuindo em 40% o déficit comercial, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA/Apta). O agronegócio paulista apresentou exportações decrescentes (-14,7%), atingindo US$ 11,70 bilhões. As importações também diminuíram (-14,4%), somando US$ 3,92 bilhões, o saldo de US$ 7,78 bilhões foi 14,8% menor que o do terceiro trimestre de 2014.
Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista no período, foram: complexo sucroalcooleiro (US$ 3,75 bilhões, com as exportações de álcool representando 14% desse total); carnes (US$ 1,47 bilhão, em que a carne bovina respondeu por 77,3%); sucos (US$ 1,34 bilhão, dos quais 99,0% referentes a sucos de laranja); produtos florestais (US$ 1,26 bilhão); e, complexo soja (US$ 1,23 bilhão). “Esses cinco agregados representaram 77,5% das vendas externas setoriais paulistas”, afirma José Roberto Vicente, pesquisador do IEA responsável pelo levantamento. Segundo ele, o déficit da balança comercial paulista seria bem maior se o estado de São Paulo não pudesse contar com o agronegócio.
Apresentaram crescimento em relação aos nove primeiros meses de 2014, as exportações paulistas de produtos oleaginosos (+52,4%); cereais, farinhas e preparações (+20,5%); produtos hortícolas, leguminosas, raízes e tubérculos (+14,4%); pescados (+7,2%); produtos alimentícios diversos (+6,9%); sucos (+4,3%); demais produtos de origem vegetal (+3,1%); e, produtos florestais (+2,1%). Houve redução nas exportações de : lácteos (-56,4%); produtos apícolas (-46,7%); plantas vivas e produtos de floricultura (-37,9%); chá, mate e especiarias (-33,4%); complexo sucroalcooleiro (-25,4%); cacau e seus produtos (-23,6%); carnes (-23,5%); complexo soja (-14,4%); café (-12,1%); rações para animais (-9,5%); demais produtos de origem animal (-8,9%); bebidas (-7,7%); frutas (-6,3%); couros, produtos de couro e peleteria (-6%); fibras e produtos têxteis (-3,7%); e, animais vivos (-2,1%).
A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 10,25 bilhões de janeiro a setembro de 2015, com exportações de US$ 144,50 bilhões e importações de US$ 134,25 bilhões. O superávit comercial ocorreu em função de queda nas importações (-23%) ainda maior do que a das exportações (-16,8%). De janeiro a setembro de 2015, as exportações do agronegócio brasileiro diminuíram 11,8% em relação a igual período do ano anterior, atingindo US$ 66,96 bilhões (46,3% do total). Já as importações do setor caíram 20,1%, também na comparação com os nove primeiros meses de 2014, somando US$ 10,13 bilhões (7,5% do total). O superávit do agronegócio no período foi de US$ 56,83 bilhões, 10,1% inferior ao do período janeiro-setembro do ano passado. Portanto, o comércio exterior brasileiro só não foi deficitário devido ao desempenho do agronegócio, uma vez que os demais setores, com exportações US$ 77,54 bilhões e importações de US$ 124,12 bilhões, produziram no período um déficit de US$ 46,58 bilhões.
Os cinco principais grupos do agronegócio brasileiro nas exportações de janeiro a setembro de 2015 foram: complexo soja (US$ 24,49 bilhões); carnes (US$ 10,97 bilhões); produtos florestais (US$ 7,62 bilhões); complexo sucroalcooleiro (US$ 5,93 bilhões); e café (US$ 4,61 bilhões). Esses cinco agregados responderam por 80,1% das vendas externas do agronegócio nacional.
A participação do agronegócio paulista no agronegócio nacional, de janeiro a setembro de 2015, destacou-se nos grupos de: sucos (88%); produtos alimentícios diversos (77%); complexo sucroalcooleiro (63,3%); demais produtos de origem vegetal (48,5%); demais produtos de origem animal (43,3%); rações para animais (42,7%); produtos oleaginosos (41,1%); couros, produtos de couro e peleteria (22,7%); produtos apícolas (22,7%); e, bebidas (21,1%).
Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura, destaca que estudos sobre a balança comercial dos agronegócios são importante fonte de conhecimento do setor. “A análise do comportamento das exportações e importações paulistas e brasileiras ao longo do tempo, juntamente com outras informações produzidas pelo IEA, permitem que a Secretaria de Agricultura formule políticas públicas específicas para o setor; o que é fundamental neste momento da economia. Orientados pelo governador Geraldo Alckmin, empreendemos todos os recursos da Pasta para fornecer ferramentas com as quais o setor produtivo possa se balizar para obter melhores resultados”, finalizou.
Fonte: Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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