O gerente em Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Zilmar José de Souza, explica que esta marca histórica alcançada pela bioeletricidade sucroenergética está intimamente atrelada a investimentos realizados no setor em meados da década passada, quando o cenário econômico brasileiro e sucroenergético era atrativo. “Esses números são bons porque a biomassa, nos últimos cinco anos, instalou mais de 6 mil MW novos na rede elétrica, o que corresponde a mais da metade de uma Belo Monte. Isto foi resultado de decisões de investimentos tomadas quando havia um cenário institucional mais favorável à expansão de projetos sucroenergéticos como um todo”, observa o executivo.
De acordo com a CCEE, de janeiro a agosto de 2015, o bagaço e a palha da cana produziram 13.740 GWh para o SIN, um aumento de 14% em comparação ao mesmo período do ano passado. Apesar deste crescimento, Souza alerta que a falta de uma política pública específica para a bioeletricidade já está comprometendo a expansão do segmento canavieiro na matriz elétrica.
“O cenário agora é diferente. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), até 2019, a previsão é de que a biomassa instale somente 2.770 MW no SIN, menos da metade do que foi instalado entre 2010 e 2014. Sem medidas adequadas para a bioeletricidade sucroenergética, o seu potencial seguirá subaproveitado”, conclui o consultor da UNICA.
Fonte: UNICA
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